Pobre podre política
Airam Ribeiro
Digo verdadeiramente
Em época de eleição
Como podre está a mente
De quem vota sem noção
O nóço religioso
Na política fica fogoso
Mostra a cara de cristão!
Olha só a hipocrisia
Do riligioso eleitô
Qui no afã do dia a dia
Mente pra Noço Sinhô
Ao defendê o inocente
Ingana muita gente
Votano nun inganadô.
Da vida ele fica a favô
Mas vota nun cara abortista
Defende as obras do Criadô
E vota nun anarquista
Diz ser um inteligente
Mas a podridão ta na mente
Tá a perde de vista!
Defende a sua famía
Só a sua, do zôto não!
É mermo uma ingrizia
Este tipo de cidadão
Nun qué vê um armado
Mas xama logo um sordado
Pra dá cabo no ladrão.
Será se nun ta inxergano
O SUS na sua falência
Será se nun tão iscuitano
Ele pidino por clemência?
Pede tamém a educação
Segurança já nun tem não
Tenha santa paciência!
Gente limpa no planalto
Ele quer pra ajudá a nação
Mas ta com pensamento alto
Quando xega a ocasião
Eçe é o eleitorado
Qui foi manipulado
Por gente sem coração.
Briga perde amizade
Diz qui é um bom irmão
Fere sua integridade
Só ele é o bom cidadão
Qui defende a liberdade
Eçe inleitô na verdade
Nun qué liberdade não.
Vota nun ante Cristo
Briga, xinga, esperneia
Mas no fundo pelo visto
As suas idéias são fêia
Podridão tá em seu peito
Na verdade êçe sujeito
É o eleitô qui sacanêia.
Defende sua religião
Quebra de imagem nun vê
Pras drogas dizem sempre não
É contra com quem qué nascê!
É um religioso ipócrita
Cuja vida é uma icógnita
Morrê? Nun qué nem sabê!
E na sala de aula intão
Como apanha o profeçô
Mas taí, és a questão!
Dele se torna o defensô
Povo com esclarecimento
Qui não pensa nêce momento
Ao votá nun opreçô.
Jogo de interêcis a vista
Vai pra merda o cidadão
É uma futura conquista
Qui pode ir pra minha mão
O seu pensá não modifica
Esta é a podre política.
E qui se lasque a nação!