Devaneios

Tristonho fico a perambular nas ruas.

Meus olhos buscam a imagem tua,

Sou como os dias que não tem sol,

Sou como as noites que não tem lua.

Mãe amorosa que chorando segue.

Nas estradas da vida procurando o filho,

Com os olhos secos já não tem lágrimas ,

Como olhos dos mortos já pedem o brilho.

Como arvores que murcham aos poucos.

Suas folhas caem e fica ressequida,

As suas flores murcham e perdem a cor.

Não perdem o perfume mas perdem a vida .

Sou como os marcos que repartem a terra.

Sujeito a chuva e o sol como um esteio,

Como mensagem que espera a resposta,

Fui procurá-la mas ela não veio.

Pés calejados e machucados de pisar nas pedras

Mãos estendidas de esperar em vão

Meus olhos secam já não há mais lágrimas

Mesmo perdendo-a ainda estendi-lhe a mão.

Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 05/11/2018
Código do texto: T6494910
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