A vida é uma aventura

A vida é uma brincadeira

Num barquinho de papel

Esporte de um rapel

Na escalada da montanha

Fica bem nesta façanha

Quem nada com liberdade

E enfrenta a tempestade

Depois escreve um Cordel...

O final que dá em nada

Todo mundo já conhece

Mas se vivo lhe apetece

Faça um boa loucura

Que depois na sepultura

Só o silêncio lhe resta.

Aparada a antiga aresta

Pode até virar piada.

Esta história tão irônica

Atiça o nosso desejo...

Mas em quarto de despejo

Só sobrará este adeus

Gosto amargo de partida

Sem direito à despedida

É passagem só de ida.

Nem dá assunto pra Crônica.

Novela, então, nem pensar!

Passa feito um furacão,

Arranca tudo do chão,

Nem dá tempo de pensar.

Mesmo indo devagar,

O tempo da um olé,

Em viver só bota fé,

Quem caminha a divagar...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 26/11/2019
Reeditado em 26/11/2019
Código do texto: T6804075
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