Espero não lembrar

O boi passou brilhante

E o sol se fez presente

Como quem diz sorridente

Eu olhei pra minha estante

E vi quem não se garante

Se recusa a pensar

Vive para delatar

Ah, mas era repetir

Não era pra te ferir

Mas talvez pra magoar

O cavalo foi de pé

A noite vem solitária

Na posição da contrária

Eu senti o seu rapé

Mas não me disse qual é

Se permite maltratar

Vindo logo esfaquear

Sem nem querer se ouvir

Proibido permitir

O que não pode escutar.

A rede vaga no rio

E o vento vai levando

O cheiro da sorte soprando

Em papel o seu navio

Mas era só assobio

Que o céu veio relembrar

Não tinha o que mais contar

Nem para vos entender

Apenas para esquecer

Eu espero não lembrar.

Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira em 28/02/2020
Código do texto: T6875955
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