O TRIDENTE DO HOMEM CÃO
SERIA O PORTÃO DO INFERNO?
Visão do homem cão
Coimbra Zoloėlo 2704301711
01 Vi ao longe, uma neblina
Por uma rota em eu ia
Mais parecia uma nuvem
Que sobre a terra descia
Porém a coloração
Logo me deu a impressão
Que era uma anomalia
02 A medida que avancei
Pela solitaria estrada
Fui percebendo aos poucos
O fim da minha jornada
Pois havia um portão
Disposto num paredão
Com sua porta fechada
03 Meu trajeto terminava
Naquele ponto em questão
Pois eu nao via um recurso
Para transpor o portão
Ali eu fiquei confuso
Pois eu ja fizera uso
De andar na região
04 Mas naquele avanço meu
Outra vez naquela via
Tudo havia mudado
Eu já não reconhecia
Assim o tal paredão
E seu imenso portão
Nada deles eu sabia
05 Tendo aquele impasse
Barrando minha jornada
E com a noite a chegar
Escurecendo a estrada
Resolvi fazer um ninho
Na beirada do caminho
E fazer ali pousadia
06 Por me encontrar cansado
Logo o sono me pegou
Mas creio que pouco tempo
Meu descanso perdurou
Pois acordei pela ação
De um barulho no portão
Fator que até me assustou
07 Talvez fosse meia noite
Aquele acontecimento
Que mais parecia ser
Uma forte ação de vento
Entretanto me abismei
Pois o que ali contemplei
Me deu medo no momento
08 Eu vi o portão se abrir
Sem ter ninguém ali perto
Entretanto havia algo
Que estava encoberto
Pois o ruído era forte
Como se fosse um suporte
Pra subir ao céu aberto
09 No meu leito improvisado
Eu procurei me ocultar
Quando ouvi uma sirene
Muito forte ressoar
E para minha surpresa
Uma lampada acesa
E pôs-se a me iluminar
10 Confesso que tive medo
Dos movimentos em questão
Pensei em sair correndo
Mas parei de sopetão
Pois eu vi a minha frente
Uma espécie de tridente
Nas mãos de um homem-cão
11 Nunca nalguma jornada
Eu passara tal aperto
Talvez fosse um pesadelo
Em meu descanso imperfeito
Seria aquilo um sonho
Onde um ser bisonho
Se mostrava insatisfeito
12 Diante daquela arma
De antiga aparência
Eu fiquei paralisado
Perdido e sem valência
O homem-cão parecia
Que matar-me pretendia
Como meta da sequência
13 Me vi ali desvalido
Até pelo meu destino
Que sempre me deu poder
Na vida de peregrino.
Porém no auge do aperto
Um raio fez um acerto
No tridente assassino!
14 Além do grande barulho
Pelo trovão ocorrido
Vi o paredão ruindo
E tudo ser consumido
Até o próprio portão
Sumiu pela confusão
Do mistério ocorrido
15 No amanhecer do dia
Pude ver tudo normal
Não vi paredão algum
Nem portão fenomenal
Pude então pensar
Que não estive a sonhar
Mas Deus me livrou do mal!