Chuva de caju

Ainda não chegou o dia

Do sol quente rachar o chão

Da secura queimar o mato

De areiar o riachão

No campo fulora pimenta

No céu vem chuva que tenta

Tirar alguma lição.

Nasce grama no quintal

Voa livre o joão-pinto

Roupa limpa no varal

Com noda de vinho tinto

Sopra o vento lá do Norte

A cruviana vem forte

Rasgar tudo o que eu te sinto.

Chega o dia que o rio já subiu

O lavrado já cheira diferente

É verde pra onde vejo

Neblina forte crescente

Volvendo a fauna total

É um laço desigual

Numa cor que é tão potente.

Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira em 30/09/2020
Reeditado em 04/10/2020
Código do texto: T7076128
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