SEU NOME ERA TONHO
Final anos trinta, Sertão nordestino
Lampião está morto, não esquecido
Porém o cangaço ainda atormenta
E da violência é uma ferramenta
Que visa endeusar aquele bandido
Esse é o tema, esse é o destino
Surge então um novo bandido
Usando chapéu e uma pistola
Com seus homens de confiança
Do povo tirando toda esperança
Que rouba, mata, esfola e degola
Aquele que anda desprevenido
Seu nome de guerra era Tonho
Imitava ele os filmes de faroeste
Montados em cavalos velozes
Ele e o bando eram os algozes
Da sofrida gente do Nordeste
É esse o assunto que exponho
Tinham eles toda autoridade
Para matar inocentes e saquear
A Polícia procurava um jeito
De por as mãos nesse sujeito
Pois Tonho não era de fraquejar
Para assim perder sua liberdade
Invadia casas e outras propriedades
Estuprando mulheres e mocinhas
Percorrendo o Nordeste inteiro
Fazendas de homens de dinheiro
Não escapavam nem criancinhas
Pois não interessavam as idades
Mas Tonho teve o mesmo destino
Que teve o cangaceiro Lampião
Junto com seus cabras malvados
Foram surpreendidos por soldados
E mortos sem dó nem compaixão
Dando paz ao Sertão nordestino