SEU NOME ERA TONHO

Final anos trinta, Sertão nordestino

Lampião está morto, não esquecido

Porém o cangaço ainda atormenta

E da violência é uma ferramenta

Que visa endeusar aquele bandido

Esse é o tema, esse é o destino

Surge então um novo bandido

Usando chapéu e uma pistola

Com seus homens de confiança

Do povo tirando toda esperança

Que rouba, mata, esfola e degola

Aquele que anda desprevenido

Seu nome de guerra era Tonho

Imitava ele os filmes de faroeste

Montados em cavalos velozes

Ele e o bando eram os algozes

Da sofrida gente do Nordeste

É esse o assunto que exponho

Tinham eles toda autoridade

Para matar inocentes e saquear

A Polícia procurava um jeito

De por as mãos nesse sujeito

Pois Tonho não era de fraquejar

Para assim perder sua liberdade

Invadia casas e outras propriedades

Estuprando mulheres e mocinhas

Percorrendo o Nordeste inteiro

Fazendas de homens de dinheiro

Não escapavam nem criancinhas

Pois não interessavam as idades

Mas Tonho teve o mesmo destino

Que teve o cangaceiro Lampião

Junto com seus cabras malvados

Foram surpreendidos por soldados

E mortos sem dó nem compaixão

Dando paz ao Sertão nordestino

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 26/02/2021
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