MAIS UM ANO ELEITORAL.

Chegou chegando de novo,

Em mais um ano eleitoral,

Tantos políticos malandros,

Com suas caras de pau,

Veem aos bobos iludindo,

Por todo canto mentindo,

Como se fossem normal.

 

Dos tais políticos lagartos,

Agora chegou o tempo,

Pois ficaram escondidos,

Treinando os seus inventos,

Para na próxima eleição,

Ludibriar os cidadãos,

Sem sentir acanhamento.

 

Todo ano é sempre assim,

Parece enxame de abelhas,

Em uma árvore florida,

Que nas flores enxameiam,

Enganam os desinformados,

Que estão de olho fechado,

Crendo na ilusão alheia.

 

E logo de pois que se passa,

Desse tal período eleitoral,

Vão sumindo pouco a pouco,

Achando que isso é natural,

E os trouxas do eleitorado,

São por todos abandonados,

Num tremendo vendaval.

 

O problema é que o eleitor,

Por qualquer coisa se vende,

Basta o tapinha nas costas,

Que até ao pilantra defende,

Vota em quem não merece,

Por quatro anos padece,

É enganado e não aprende.

 

E os políticos sabem disso,

Por isso ninguém esquenta,

Vão mentindo e prometendo,

Toda pilantragem inventa,

Que o pobre abestalhado,

Firma-se no que foi falado,

E nele a corda arrebenta.

 

Já fui jovem hoje sou velho,

Nesse ramo já vi de tudo,

Nos pleitos todos são santos,

E ninguém é carrancudo,

Leva o povo em banho Maria,

Mas quando a Jiripoca pia,

Matam e esfolam a miúdo.

 

Ficam bravos e violentos,

Falam tudo e mais um pouco,

Dizem que nunca mais votam,

Por se encontrar no sufoco,

Mas ao chegar as campanhas,

Pode até comer ser banha,

Que não sabem dá o troco.

 

Por vivermos num país,

De povos despolitizados,

Bandidos de colarinho branco,

Roubam assim de todo lado,

São tantos pobres iludidos,

Que choram arrependido,

Logo após ser enganados.

 

Promessas de tudo novo,

E programas diferentes,

Numa ilusão sem fronteiras,

Meio a famintos e carentes,

Os lagartos vão e voltam,

Batendo de porta em porta,

A mentir covardemente.

 

São malandros escolados,

Mentirosos profissionais,

Parecem até fazer cursos,

Pra mostrar que são os tais,

Para mentir o tempo todo,

E serem os donos do jogo,

Ganha o que mente mais.

 

Parecem moscas na sopa,

Numa ganancia exagerada,

Cada qual é mais esperto,

Mentiras vem de enxurrada,

Percorrem as periferias,

Onde as suas freguesias,

Passam vidas amarguradas.

 

Tem ali seu público alvo,

Pra fazer suas manobras,

Mordendo igual serpentes,

Sendo falsos como a cobra,

E então nessa brincadeira,

Ninguém deixa as cadeiras,

E nenhum tostão de sobra.

 

Agora todos são justos,

Milagreiros e bonzinhos,

Só pra pegar o seu voto,

Dão uma de coitadinhos,

Todos de mentira pronta,

Depois no final da conta,

Deixa quem votou sozinho.

 

Discursos tudo ensaiados,

Traz eles em suas maletas,

Pegando os desenformados,

Enredando em suas tretas,

Estão todos acostumados,

Pra mentir são preparados,

Com as cartilhas do capeta.

 

Política que se inventou,

Como arte de governar,

Hoje a mesma se tornou,

Melhor forma de enganar,

Essa doença contagiosa,

É uma lepra perigosa,

Que ninguém pode curar.

 

A maioria dos políticos,

São da ganancia freguês,

Pensando só neles próprios,

Mentindo mais cada vez,

Dão nó até nas goteiras,

Falam abobrinhas e asneiras,

Contando o que nunca fez.

 

É a Eleição das facknews,

Que engana muita gente,

Numa onda de mentiras,

Cauterizando tanta mente,

Laçando os desinformados,

E quem não foi enganado,

Vai sofrer bem consciente.

 

É uma guerra ferrenha,

Do erro contra a verdade,

Tem um exército do mal,

Dentro de nossa sociedade,

Isso assim nos leva a crer,

Que os bons podem morrer,

Nessa enorme tempestade.

 

Resta-nos pedir a Deus,

Que nos de sabedoria,

Pra fazer a escolha certa,

Nessa grande anarquia,

Nunca agir por emoção,

Porem votar com a razão,

Pra não viver de utopia.

 

Cosme B. Araujo.

17/08/2022.

 

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 17/08/2022
Reeditado em 21/10/2022
Código do texto: T7584202
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