ARROGÂNCIA DO ZEFERINO
Se achando o melhor
Chega na festa o bode
Arrogante como é
Alisava o bigode
Estufa o peito e diz:
Comigo ninguém pode.
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O carneiro insatisfeito
Chega ali derrepente
Fazendo seu discurso
Esse bode é indecente
Quer ser um fanfarrão
Não tem nada de inteligente.
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Com sua catinga nojenta
Volte pra seu chiqueiro
Você não foi convidado
Seu bode fofoqueiro
Para lhe tirar da festa
Eu serei o primeiro.
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Um bode velho como você
Vá pra outra freguesia
Só sabe fazer confusão
E vive de ironia
Se achando o melhor
E viver de mordomia.
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Todos os bichos gritando
Agora presta atenção
Se continuar atrapalhando
E desacatar a proibição
Vai se arrepender depois
Que pagar a indenização.
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Zeferino saiu de mansinho
Por todos foi vaiado
Nunca mais se ouviu falar
Qual foi o resultado
Do sumisso do bode
Que ficou lá no passado.
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Autoria Irá Rodrigues.