A chave na fossa de cocô

Naqaeles tempo do passado,

se cagava num buraco,

quando não era no mato,

vaso de lousa era pra rico,

certa vez aconteceu, um deslize particular,

um cidadão com dor de barriga, logo foi ali cagar,

esqueceu da chave presa ao cinto,

se abachou no desespero, sem mesmo observar,

a chave escapuliu, escorregou no bosteiro,

foi aquela confusão, ninguém gritou pega ladrão,

mas a cidade logo soube, a noticia correu rápido,

juntou gente de montão,

com marreta foi quebrada, a laje de proteção,

o fedor logo subiu, muita gente se afastou,

depois de algum tempo, o dinheiro foi exposto,

Pagava-se bem, a quem encontrasse aquela chave,

três corajoso logo disseram; eu aceito mergulhar,

e começou o vai e vem, cada um que embiocava,

não ficava 2 segundos, levantava sacudindo a cabeça,

espalhando escremento em todo mundo,

tinha bosta no ouvido, na cabeça nem falar,

era um salve-se quem puder,

o tempo foi passando, e nada de encontrar,

logo um já desistiu, já não ia aguentar

aquele cheiro de bosta, entranhado no respirar

sobe, mergulha, mergulha e sobe, era uma cousa só,

tudo isso aconteceu, bem ao lado de um bar

cada um que sai, corria logo para lá,

uma cachaça por favor, para eu me lavar,

cada litro derramado, aliviava o cheirar,

depois de uma hora, um daqueles levantou,

com a chave na mão, mas também se retirou,

foi no bar tomar cachaça.

Cancão é o seu nome, homem do corpo fechado,

depois dessas doidices, nem foi hospitalizado,

até hoje está vivo, comendo rapadura e quiabo,

quem tiver alguma dúvida, pode me procurar,

Isso eu posso provar. te levo na casa dele, pra ele confirmar.