Adélia, que é poeta de verdade

"O sonho encheu a noite

Extravasou pro meu dia

Encheu minha vida

E é dele que eu vou viver

Porque sonho não morre."

Adélia Prado

Adélia; que é poeta de verdade.

A sua Bagagem se apresentou.

Com licença poética inaugurou.

Nos versos, um tom de oralidade.

Do leitor; quis uma proximidade.

-Olhem, vim carregar a bandeira!

Nasci mulher, e nasci mineira!

O seu eu-lírico era percebido,

Num aspecto meio oferecido.

Cachos de versos, rica videira.

Adélia; que é poeta de verdade.

Chegou ao som d’uma trombeta.

Com a poesia matutando treta.

Arregaçou mangas na dificuldade.

E seguiu com naturalidade.

-Olhem, vim carregar a bandeira!

Mulher, professora, mãe, mineira!

Drummond foi a sua inspiração.

Quem apoiou a sua edição.

Cachos de versos, rica videira.

Adélia; que é poeta de verdade.

E ‘não tão feia que não possa casar’.

Com Rio de Janeiro foi se encantar.

Seguiu, se jogou com regularidade.

Em encanto e perplexidade.

Carregou muito mais que a bandeira!

Mulher, professora, escritora, mãe, mineira!

Romantismo; linguagem coloquial.

Cotidiano ressignificado; intelectual.

Cachos de versos, rica videira.

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 16/09/2023
Reeditado em 16/09/2023
Código do texto: T7887224
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