MUNDO DOIDÃO - Parte I

O que está acontecendo
Com a nossa humanidade?
O amor não tem mais vez
Estamos na obscuridade
É verdade o que estou vendo:
Um monte de homem querendo
Ganhar feminilidade?

Fosse só isso era bom
Cada um sabe o que faz
Não tenho nada com isso
O ser humano é capaz
De tirar água de pedra
E gritar pro diabo arreda!
Seja ele moça ou rapaz

E desmunhecar é opção
Vivemos a democracia
Eu só como abacate,
Você gosta de melancia,
Aquele pratica logro,
Esse não gosta do sogro
Já outros detestam a tia

Desse modo, que assim seja
Cada um faz o que anela
Basta saber seus limites
E não sorrir se banguela
Porque se o sonho é viver
Você pode até dizer
Que uma macaca é bela

O Problema é que o homem
Virou de cabeça para baixo
Tem feito muita besteira
Dorme dentro de um tacho
Vem queimando a floresta
Só faz coisa que não presta
É doido por esculhacho

Quase tudo é poluído
Pelo homem desastrado
Que mata os nossos rios
O cabra da peste safado
Cujo único objetivo
Todo mundo sabe disso
É ficar endinheirado

Existe tanta “marmotage”
Neste mundão espinhoso
Desde a mula-sem-cabeça
Até chupa-cabra medroso
Um gato de duas patas
Recusando várias gatas
E andando todo jeitoso

Cavalo subindo escadas
Beija-flor amando porca
Macaco chupando prego
Pingo d’agua que entorta
Um arco-íris velho e fajuto
Pintando o céu de luto
A vida encontrada morta

Cachorros latindo fino
Ratinhos falando inglês
Misturando toda língua
E traduzindo japonês
Nada disso é impossível
Com uma rapidez incrível
Um burro fala holandês

É coisa surpreendente
Tanta mudança no mundo
Parece que o Universo
Vai se transformando a fundo
A continuar desse jeito
Quem não tiver defeito
Some num rio profundo
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 28/12/2007
Reeditado em 30/08/2008
Código do texto: T794737
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