Natal

Vinte e cinco de dezembro na casa de Idelbrano a festa dura três dias, é aquela alegria, aquela festividade. Um homem bem sucedido, um homem bem resolvido e sua família resumem-se em doze! Uma casa grande, uma varanda enorme. Ali tem lugar para todos.

Mas naquele ano foi diferente, isto porque sua irmã Esmeralda veio de São Paulo trazendo seus convidados inclusive um velhinho. E quando chegaram o som e o churrasco corria solto e foi àquela festa, aquela confraternização. Pegaram nas mãos e foram à missa.

Depois que chegaram Idelbrano disse: agora estou liberado, entreguei os presentes. E agarrou os copos com seus velhos “amigos”. Lá na varanda o velhinho abriu uma caixa e começou a montar um presépio e a contar uma história e logo foi rodeado pelas crianças e os meninos se agruparam em volta do velho e foi aquele silêncio que chamou a atenção das mães que logo largaram seus copos e àquela história também foram escutar.

O velho contou uma história que acontecera a mais de dois mil anos, ao contrário da nossa aquela criança foi quem escolheu seus “pais” e que seus pais eram pessoas tão santas que conversavam com os anjos e cumpriram suas missões tão contentes eram pais obedientes ao seu “filho” o filho de antes e o depois ou seja AC e DC e depois que ele partiu ninguém mais morreu.

Tenham cuidado meus queridos pais, com esta catequese de arrastão de copo nas mãos e boca cheia de churrasco, isto por que seus amigos vão envelhecer, dão no pé e vão embora. Seus filhos virão te visitar de presentes nas mãos e vão fazer seus churrascos em outras casas e você irá confraternizar sozinho.

E o velhinho quando terminou sua história as crianças queriam que ele contasse mais e o pior no outro dia Aninha de oito anos chega para Idelbrano e lhe pergunta: papai por que o senhor nunca contou para nós a história do “natal”? Ele disse: olha Aninha quem tem que contar estas histórias são os “padres”!

O que Idelbrano não sabia era que aquele velhinho era um padre. Naquela euforia com seus amigos Idelbrano perdera sua oportunidade de confraternizar com sua família pois os seus presentes acabarão em algum canto esquecidos, mas a história que o velhinho contou ficou com os seus filhos para sempre desejando-lhes “feliz natal”.