SEXagenária (Vilani Carvalho)

SEXagenária

(Vilani Carvalho)

Num 11 de dezembro eu nasci,

Trazendo alegria e esperança para os meus pais,

Alegrias eu sempre dei pois, mesmo sendo peralta, desengonçada,

sempre fui obediente e muito apegada aos livros.

Com 16 anos casei por amor...ainda menina.

Com 17 fui mãe...ainda menina.

Com o passar dos anos, perdi meus pais e entes queridos.

E hoje, encontro-me SEXagenária...

Com marido, filhos, sobrinhos, netos ,irmãos,

genros , noras e amigos do peito

Mas sinto-me um tanto perdida.

Ao longo do tempo

Desejei realizar coisas

Que ficaram pelo caminho

E culpo somente a mim

Pois não fui suficientemente forte e nem hábil

Para engajar outras pessoas na realização dos meus sonhos.

Daí um pouco de frustração.

Mas que se há de fazer?

A vida é breve e fugaz

E procuro sublimar minhas carências,

Amando e servindo

Pois encontro no servir aos outros

Um lenitivo e sigo prazerosamente

Apesar ...de tudo.

Disse alguém com muita propriedade

Que é impossível vivermos eternamente felizes dada a inquietude do ser humano.

Cheguei à conclusão que a felicidade

se resume em nos sentirmos felizes em momentos alternados,

dado o contraste da vida:

Guerra e paz,

Amor e desamor,

Amizade e inimizade,

Alento e desalento,

Alegria e tristeza.

Permita-me Deus,

Que eu faça da paz, do amor, da amizade, do carinho,

da força de vontade e da alegria, uma bandeira de vida,

não esquecendo jamais que precisamos do sol e da chuva para que haja um arco-íris.

(Timon, 11.12.04 / Vilani Carvalho de Melo)

Vilani Carvalho
Enviado por Vilani Carvalho em 24/05/2008
Código do texto: T1003355
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