Olhares..luares e casualidades

Sobre olhares, luares, casualidades,

Há que perpetuar como um olhar que brilha, como um mar no olhar, encher e derramar... Água e sal...

Será petrificar? E ao fechar esse mar tudo se torna a tua imagem, assim com és, incerto, indefinido...

Perder a razão? Mas que razão? Será buscar entre frios e desafios transpor o caminho dos teus olhos e perder-se no mistério incontrolável existente em ti?

Casualmente revelou-se o amor,o que sentiu e o que se mostrou,expôs, escancarou portas, cercas, e arrancou qualquer amarra real ou ilusória e mostrou a ti e ao mundo: Hei de te amar assim em pele e osso, no real e imaginário com todos os sons, coerências e incongruências tão próprias do amor,

Que hei de te amar assim, credo e desafio e assim revelar que entre olhares, casualidades, luares vistos em todos os nortes nasceu aquilo que minou toda a existência e de tão abundante se fez confundir com própria criação.

Ah, em que mares hoje ficas naufragado, nas profundidades inacessíveis aos escafandros, num mergulho onde não há possíveis resgates?Estás lá, eterno guardado, horas preciosidade num pesado baú acorrentado quieto, cheio de segredos, horas numa frágil caixa de madeira onde cordas se movimentam tentando te libertar, mas acho mesmo que estás agora em uma garrafa fechada jogada ao mar, conteúdo secreto, de socorro, revelação, desejos e medos ao encontro de todos e de ninguém, um presente ou uma dor?

Todo um segredo jamais revelado!