Um ensaio sobre a poesia

Eu particularmente não gosto de fazer poesia, na verdade nem conheço técnica para desenvolver algo do tipo. Acredito – e possivelmente esteja errado – que poesia seja algo mais afeminado, coisa de um indivíduo machista, admito. Mas – assino minha confissão – também escrevo minhas poesias, normalmente quando estou apaixonado. Pelo menos quando o sentimento é de verdade.

Algumas vezes, a arte da escrita até encanta alguns leitores. Ora, há gosto para tudo hoje em dia, o mundo é eclético. Pelo menos tenta ser, não adianta criticar gostos! Retomando, por que não escrever poesia, pensei... Incutido no pensamento o machismo, fica impossível analisar a beleza de rimar letras, combinando sons e estilos.

No entanto, ainda escrevo alguns poemas, até indo contra o próprio pensamento tão disforme. O gosto por ser direto e objetivo pode ser um atenuante para o preconceito contra a bela arte que imortalizou tantos escritores de calibre maior que este que despeja estas humildes palavras (quanta humildade...). Existe, por aí, uma percepção de que a poesia não é totalmente clara, ou clara demais, o que a torna confusa ou sincera de modo exacerbado. Difícil avaliar, apenas é questionável essa disparidade.

Por isso, e outras razões de um ser irracional, sigo outra forma de expressão de sentimentos, com estas linhas sem rima, tortas, às vezes de forma objetiva, opinativa, mas sempre deixando aflorar a primeira, a única e a minha mais importante e verdadeira poesia: o que importa é a clareza e beleza do meu pensamento. Se irá se transformar em uma poesia ou tragédia, depende do leitor.