Não a Intolerância

Aonde o mundo chegou à custa da intolerância? Duas guerras mundiais, seis milhões de judeus mortos, um conflito religioso de católicos e protestantes na Irlanda; segregação racial na áfrica; preconceito racial latente nos EUA e a Klux Klux Klan; ditaduras mortíferas pela América do Sul, Chile, Brasil, etc.

Vários outros são os exemplos da intolerância como pano de fundo das grandes catástrofes.

Este prólogo se deve a ataques recentes de “jovens” que dizem ouvir a voz de “deus” em busca do “demônio” a invadir terreiros de umbanda e acabar com toda a estrutura física, quebrando imagens, ateando fogo e destruindo terreiros.

Se a constituição federal em seu artigo 5º, inciso VI nos assegura a “inviolabilidade a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”.

Oras é tão cristalino este inciso na constituição federal, que mesmo vivendo num país que prima pela impunidade é preciso combater essas atrocidades, para que não venhamos em breve termos a nossa Klux Klux Klan.

O “demônio” eleito foi a umbanda, religião relativamente nova, e que sofre do preconceito alheio, alguns por pura ignorância e outros por lavagem cerebral, como no caso dos evangélicos.

Vivemos num país laico, como a constituição federal assegura, a liberdade de se expressar por meio de sua religião, seja qual for ela deve ser respeitada sempre.

A comunidade umbandista precisa reagir à altura e não deixar que falsos umbandistas propaguem erroneamente a imagem da verdadeira e linda umbanda e lutar dentro da lei contra atos desta monta.

Enfim, a união de todos, não só umbandistas, mas também pessoas que não suportam a intolerância contra atitude tão absurda devem ser defendida com força e determinação, e não permitirmos que sejam jogados no ralo a imagem de qualquer religião do bem, que busca tão somente a caridade e o amor ao próximo.

Marcos Barbosa