Procurando o Nero

O almoço.

“O galo já está pronto filhos!!!”

E o galo realmente estava divino, feito na panela de ferro e sobre um fogão a lenha fumegante.

Fumegando de carinho e calor humano.

A polenta ( cortada a moda antiga com o fio de linha) deitada sobre a enorme tábua de madeira.

Três gerações reunidas avós, pais e neto... Bebericando o vinho.

Não o neto... Este toma suco de uva, para ficar a altura dos adultos rs..rs..

O avô ensina o neto.

“Assim, pega a linha e passa por baixo da polenta. Isso agora puxa para cima. Veja só que bela fatia!!”

O guri muito do empolgado cortava todas as fatias e fazia questão de servir a família toda.

“Peraí menino!” A mãe aflita, pois o garoto estava fazendo guisadinho da polenta. Depois de cortar todas as fatias resolveu corta-las ao meio e assim por diante.

Parece que gostou mesmo daquele negócio de cortar polenta com a linha!

E o galo!! Desmanchando na panela de ferro.

O avô e o pai do garoto.

“O pai, tu tem o Nero para me emprestar?” - È o filho. - “Queria gravar uns filmes, precisava instalar o programa.”

“Não eu não tenho o Nero, tenho só o Bonanza, gosto de faroeste. Já pedi para vocês me darem filmes de pistoleiros! Só tenho o Bonanza, foi tua irmã quem me deu!”

“Que? Pai eu quero o Nero para gravar filmes...Tu tem o CD do Nero? Procura lá. A mãe falou que tem.”

“Eu não tenho esse procurando o Nemo não...Já te falei , só de faroeste.”

“Pai não é o filme do Nero nem do Nemo, é o programa do Nero, que usa para gravar filmes .”

“Não procurando o Nero eu não conheço...”

Acho que foi o vinho...Mas que estava divino o galo, estava sim!!!