O caipira e a cidade

Foi nesta cidade que eu perdi minha mocidade e a bebida deu-me dezoito anos de páginas em branco! Fazendo uma releitura de meu jornal tive uma belíssima infância nesta época eu construí meus sonhos! Quando eles estavam todos realizados eram tão pequenos que este Deus amantíssimo em sua infinita misericórdia ampliou meus dias, deu-me muito mais!

Quando parecia que estava tudo acabado aos quarenta anos, deu-me uma mulher que me levou ao altar que deu-me um maravilhoso filho e levantou o meu olhar para cima, foi quando voltei a sonhar! Agora levanto o meu olhar e vejo conquistas a perder de vista, embora eu já esteja sendo gratificado com as injeções de prevenção contra gripe, e todo ano já levo os tão temidos “toques” dos exames de próstata. Hoje todo desafio é uma ótima proposta e eu virei as costas para o impossível! Agora de óculos na testa a página em branco é uma festa.

Viajando do Oiapoque ao Chuí, bati de frente com as infelicidades das riquezas e com as felicidades das pobrezas! E o migrante que escapou do cizal nos deixou um recado, sonhem! Sonhem bem alto! Porque se você tiver garra poderá ambicionar e chegar até o planalto! Ele desbancou os homens sem sonhos das desculpas do fracasso.

moraesvirada
Enviado por moraesvirada em 09/06/2008
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