O MENDIGO E NÓS

Quantas vezes algum mendigo passou pela sua rua, pela sua porta, pela sua vida?

Que aspecto tinha o seu rosto? Tristeza, alegria, frio, sede, fome?

Quem foi esse ser humano, antes que as ruas se transformassem em sua morada?

Não, não faríamos essas perguntas a nos mesmos, porque seria como assumirmos rompantes de piedade que, os nossos mesquinhos “princípios” não permitiriam, diante de outro ser humano, em tão “degradante situação”.

Será que o humilde desprezo daquele ser não foi direcionado a nós também nesse momento?

A arrogância não é característica de toda pessoa, mas com certeza, essa idiossincrasia

ao vermos alguém em farrapos, pedindo esmolas nas ruas, aflora com real e absoluta certeza em todos, sem exceção, consulte sua consciência e verá que sentiu isso um dia. Não vemos o lado “dele”, porque temos medo, por ser humano também, que “ele” sinta aversão por nós, e nós, no fundo da alma, termos que colocar-nos não a sua altura, mas abaixo “dele”.

Fazer o bem é um exercício de solidariedade, cheio de ternura a quem pratica, e de eterna gratidão a quem recebe, não importa que seja a um mendigo que faremos, poderia ser a uma outra pessoa com mais sorte na vida, basta ser uma roupa que não usemos mais, um prato de comida, um abraço a alguém desesperado, um beijo, um sorriso, uma flor.

Sempre observe as pessoas, porque às vezes o desespero não tem voz, a fome não emite sons, o frio em todos os sentidos, esta nos olhos de quem o sente.

Pense o bem, faça o bem, quem sabe são esses “pontinhos” que te faltam, para receber um dia o eterno abraço do criador de todos nós!

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 27/06/2008
Reeditado em 28/07/2010
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