Cara- de- pau.

Há muito tempo me pergunto, quem foi que colocou essa impáfia doente no ser humano conteporâneo, essa necessidade pelas aparências, por um falso orgulho cheio de mágoas.

Temos medo, falta fé, não acreditamos nos outros, por que não cremos em nós mesmos...que dureza ter que se olhar no espelho e perceber que você não é tão digno e ilibado assim, nos escondemos atrás de uma suposta timidez, um zelo pelo bem- estar, que mentira deslavada, que teatro de bonecos.

A verdade não é relativa, ela nos atinge todas as horas do dia, quando vamos nos cansar de brincar de esconde-esconde, ficar em uma caverna vendo a vida passar? Que crueldade que fazemos com nossas almas, a despojamos do amor...sonhos desonestos rondam nossas mentes.

Não, não vou me encolher, serei cara-de-pau assumida...vou pagar qualquer mico para ser feliz, vou me expôr, vou rir, vou chorar até todo dia, vou querer afeto...mesmo se como um vira-lata eu for chutada para fora de casa, vou pedir perdão, mesmo sabendo que não serei perdoada, serei maltratada? Cara-de-pau, sem brio...muitos falarão, mas não me importo...se aceitam de quatro em quatro anos um número razoável de caras- de- pau em Brazília, por que não poderão entender-me?

Amor sem moderação.