Pai Simão

De um livro muito antigo, que eu havia lido há mais de 60 anos, me lembro de quase toda a história.

Morava em um recanto perdido do sertão, um preto velho, que era para todos Mestre Simão, Pai Simão, ou Preto Veio Simão. Bondosos, caridoso, querido por todos que já o conheciam, e aqueles que passavam pela primeira vez em sua modesta ficavam deslumbrados com a sua hospitalidade. Sempre modesta, mas muito sincera.

Sua casa ficava perto de uma estrada, e forçosamente sempre tinha um a pessoa parando para um bom gole de água fresca ou um dedo de prosa com o Pai Simão.

O Mestre Simão tinha sempre uma orientação ao desesperado, uma saída para os que estavam desanimados. O toque de suas mãos restituía energia ao deprimido. Através de sua grande força ajudava a todos que o procuravam.

Curava de tudo o nosso preto veio. Quantas pessoas foram assistidas por ele e as doenças foram afastadas. Crianças, mulheres e homens de todas as idades saiam de sua casa, restabelecidos. O remédio era sempre o mesmo: um copo de água, que ele apanhava na fonte, logo atrás de sua casa.

Mesmo não tendo estudos, pois apenas sabia ler e escrever rudemente, muitos médicos, advogados, ou doutores da lei e grandes homens de negócios, ou fazendeiros o procuravam. E Mestre Simão mostrava a cada um o caminho a seguir. A sua casinha realmente era uma luz a todos e as palavras de Pai Simão eram uma bússola para todos os caminhos. Sempre com um sorriso ele transmitia paz, luz, conhecimento e amor.

Um dia Aquele que lhe dava tanta força o chamou e ele foi ter com Deus e receber um pouco de repouso, porque ele continua trabalhando em outra dimensão, ainda com muita bondade.

Laércio
Enviado por Laércio em 22/07/2008
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