De sonhos e de príncipes encantados...

O dia de hoje, 29 de julho, deveria ser emblemático para nós, mulheres. Afinal, é o aniversário de um conto-de-fadas: o casamento da plébéia Diane Spencer com o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico. O jovem casal real foi aplaudido por 600 mil súditos nas ruas de Londres, e a cerimônia foi acompanhada via TV por nada menos que 750 milhões de pessoas ao redor do mundo.

As imagens da noiva jovem e corada que virava princesa estão até hoje marcadas na memória coletiva, mesmo passados 27 anos das tão celebradas núpcias. Afinal, ela era linda, elegante, feliz, e estava concretizando o sonho de nove entre 10 mulheres: casar-se com um príncipe. Que sorte a dela!, suspiravam solteiras e até mesmo casadas de todo o planeta.

O conto-de-fadas, no entanto, não teve final feliz, e não só pela morte trágica de Lady Di sob um viaduto em Paris, pouco menos de 11 anos atrás. Muito antes disso, o casamento dos sonhos havia ido para o espaço, e o príncipe que povoava o imaginário feminino já não era mais tão encantado assim.

Os anos se passaram, no entanto, e continuamos sonhando com um príncipe - se não um com coroa e direito a trono, pelo menos um que seja gentil, amoroso, compreensivo, que nos ame e nos faça sentir como princesas. E, como a princesa de verdade, muitas vezes acabamos por nos decepcionar, por descobrir que aquele que pensávamos ser um príncipe também pode nos fazer sofrer.

Assim, talvez seja hora de cairmos na realidade, de deixarmos de beijar sapos à procura de um amor encantado: procuremos um homem, normal, simples, plebeu e comum como nós, mas que tenha mesmo assim qualidades nobres como a sinceridade e o respeito pela mulher amada, e que em vez de uma corou ou um título nos dê o amor, o carinho e o companheirismo que, no fundo, são exatamente o que buscamos.

Maristela Scheuer Deves
Enviado por Maristela Scheuer Deves em 29/07/2008
Código do texto: T1102215
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.