VIDA DE INSETO

Adoro filmes!

Não entendo nada a respeito, mas aprecio. Me envolvo. Viajo. Choro. Sofro. Gargalho. Aprendo.

O cinema é uma grande janela aberta para o provável e possível. Uma parábola contada em curta ou longa-metragem.

Talvez por isso, qualquer semelhança com a vida real pode ser uma mera coincidência, ou não.

Acho que preciso de mais terapia.

Exatamente no dia 28 de maio de 2008, estava eu, linda e preguiçosamente jogada no sofá, acompanhando o noticiário na TV quando uma matéria sobre a volta do imposto sobre os cheques aguçou meu arquivo cinematográfico.

A jornalista falou sobre a proposta de se criar novamente uma contribuição sobre a movimentação financeira, a exemplo da CPMF, extinta em janeiro. Agora com outro nome, com taxa maior (0,08%) e permanente – estabelecida por lei complementar e não mais por emenda constitucional. Essa alternativa (de lei e não emenda) foi encontrada por petistas e permite ao Congresso assumir os desgastes da volta da CPMF.

Ou seja, a brincadeira da “batata quente”.

Puxei pela memória e lembrei do filme VIDA DE INSETO (A Bug's Life, EUA, 1998), feito em computação gráfica pelo estúdio Pixar.

A história se passa em torno de uma colônia de formigas que coleta comida durante a primavera e o verão para estocar para o inverno, tendo ainda que dar uma parte para os gafanhotos.

Por anos essa era a rotina.

Um belo dia, Flik, uma formiguinha criativa e inteligente - na verdade um inventor que não acreditava muito em si -, por acidente, prejudica essa coleta.

Quando os gafanhotos vêm buscar a comida, ficam enfurecidos e ameaçam matar as formigas se elas não juntarem mais mantimentos.

Então Flik sai em uma aventura à procura de heróis que ajudem sua colônia a enfrentar esses gafanhotos.

Ele encontra um grupo de insetos circenses(*) que, graças a um mal entendido, aceita dar uma força para as formigas.

No filme, a partir desse encontro a aventura fica cada vez mais divertida.

Se você ainda não assistiu VIDA DE INSETO eu recomendo.

Notas:

(*)não tem nada a ver com os movimentos estudantis como, por exemplo, o dos “caras pintadas” de 1992.

- o novo imposto foi aprovado em junho desse mesmo ano, batizado de Contribuição Social para a Saúde (CSS)

Etelvina de Oliveira
Enviado por Etelvina de Oliveira em 15/08/2008
Reeditado em 18/08/2008
Código do texto: T1129419
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