CAI NO CONTO DO VIGÁRIO





Há um ano e meio atrás, uma pessoa que na época dizia-se muito minha amiga, e levou-me a contrair um empréstimo para ela.
Sou daquelas que acreditam, até prova ao contrário, e aí cai no conto do vigário pateticamente.

A pessoa em questão, alegava que tinha dívidas de doenças de familiares, que ela própria não sentia-se bem e ainda por cima seu nome estava sujo nas instituições bancárias, Mesmo assim não enxerguei, meu querer por ela era maior, e eu abonava
dizendo a mim mesma, que era azar numa fase da vida.

Fizemos o empréstimo, no meu nome, e ela jurou honrá-lo, pois para mim seria uma carga excessiva .Durante os 4 primeiros meses , ela fez o depósito correto num valor perto dos R$600,00 reais, e eu achei que tudo ia dar certo, apesar das prestações serem em 5 anos.

Depois desse prazo ela começou a falhar, mandava R$ 100,00 e eu tinha que cobrir o resto, mesmo contra a vontade de meu marido. Comecei a contactá-la, e ela tinha sempre uma desculpa , tipo: Minha mãe precisou de dinheiro, meu irmão é alcólatra e precisei interná-lo, ou fiquei sem emprego, ou agora ganho pouco, não consigo te ajudar” Como se fosse ela a ter-me emprestado dinheiro.

A minha tristeza maior não é tanto a facada mensal, mas a frustração de ver ruir a confiança cega em alguém.

Não sei se fiz um bem ou um mal .Se foi bem talvez tenha ajudado - a, pois ela falava tanto em suicídio, que me alarmava , mas poderia ter usado o dinheiro em vícios que eu desconhecia, aí eu teria agido mal.

Hoje já consigo falar sobre isso, apesar dela continuar a se fazer de vítima, inclusive para amigos comuns, eu ainda continuo a ter fé na humanidade, apesar de ter mais de três anos para liquidar uma dívida que não é minha.