ERRARE MASCULINUM EST!

Outro dia, numa roda de amigos na escola, fui duramente criticado por um colega que me acusou de ser retrógrado, preconceituoso, e não apreciar mulheres. É mole, o cara duvidou de minha masculinidade!Olha isso! Imagina eu, um negão de um metro e oitenta não apreciar o o sexo oposto? Com certeza não iria pegar bem lá na quebrada!

E tudo isso, por que dizia que a sensualidade estava banalizada, agora vejam se estou errado.

Antigamente, não tão antigamente assim, era massa! Quando íamos as ditas americanas (o(a) convidado(a) levava os comes e bebes), e rolava a tão esperada música lenta depois da sessão de dance, ai rola va o flerte, a sedução, aquele era o momento de coxichar no ouvido da

da gata, era a hora da azaração, tudo começava no inicio da festa

com troca de olhares, e terminava na hora da música lenta. Hoje a pe-gação é regada ao som do tal do funk, e é um rala coxa um encoxa en coxa que fico surpreso pelo sexo não rolar ali mesmo, no meio do po- vão, explícito, escancarado, descarado despudorado, o que em outra é

poca acontecia depois de o casal se conhecer, se estudar, naquela é- poca a menina se entregava ao namorado que, muito provavelmente setornaria seu marido.Hoje cahorras, popusudas, preparadas e outros adjetivos e espécies animais, transam a torto e a direito, com a mão na cabeça para não perder o juízo. E o que vemos nas ruas em cada esquina, são corpos seminus, esculpidos nas academias de musculação

moldados a base de jejuns, dietas, regimes ou lipoaspirações, e não são só de mulheres não, tem muito marmanjo de bumbum de fora por ai.

O sexo é estimulado por todos os lados como se fosse status, poder, e não amor, conquista, sedução. A sensualidade é incitada ainda na tenra infância, e acelerada através dos anos, preparada para se tor- nar a mais gostosa da sadia.

Isso quase arranha o brilho da conquista das mulheres, que lutaram durante décadas contra o preconceito, contra o machismo da huma-

nidade, que seguiu em busca da igualdade entre os sexos , que acor- dam cedo todos os dias e vão a luta e arrecadam quase oitocentos milhões de reais por ano para uma certa compania onde só trabalham mulheres.

Na verdade esse meu companheiro não entendeu o que eu dizia, não entendeu o motivo de meu descontentamento, não gosto apenas das mulheres, eu as venero, só gostariade velas da forma que sempre estiveram até alguns anos, mas não submissas, servis e desvaloriza das mas imaculadas, detentoras do sagrado, do santo, detentoras do poder absoluto, aquele que nós homens achamos erroneamente que possuímos, inatingíveis povoando o imaginário de nossas mentes.

Um dia tudo sera igual e tera o mesmo peso, viveros em uma unidade e

o sexo, a sensualidade não mais nos escravizará, e deixaremos de ser apenas animais dominados por extintos e veremos a beleza apenas co

mo deve ser observada, com doçura, leveza, com pureza e sinceridade

de que so se tem quando se é mulher!

Renato Cajarana
Enviado por Renato Cajarana em 04/09/2008
Reeditado em 04/09/2008
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