Desculpe-me, mas você está participando de uma experiência, uma prova de que nós brasileiros, só pensamos naquilo. Leia até o fim o texto, se você já o leu, vá até o fim para provar minha teoria. Um pouco de paciência faz parte deste experimento.



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       Ouvi vários comentários sobre uma série da TV chamada HOUSE. Decidi conferir. Trata-se de um médico, Dr.Greg House, sendo a especialidade médica dele  o diagnóstico, principalmente de problemas mais complexos, escabrosos até.

       São várias as qualidades de House: inteligência, censo analítico, conhecimento profundo de medicina e objetividade. Lógico que ele também tem alguns defeitos: extremamente ácido, frio muitas vezes, de um sarcasmo poucas vezes vistos na tela.

       O que mais tem chamado minha atenção, é que a maioria que acompanha a série,  apoia e até se encanta com estilo dele, do tipo:  "não estou nem aí para o que você pensa". Uma aura de auto-confiança  envolve esse personagem. Errar é pouco comum para ele, mas a firmeza de seu caráter é tão grande que nesses momentos de equívoco, ele humildemente aceita a crítica como uma coisa natural. Todos nós um dia já fomos algozes dos erros alheios........ e também vítimas.

         Ele é direto. Ele é analítico. Ele é genial.

        São as características que a maioria gostaria de ter......e poderiam. Acontece que assumir uma posição na vida,  requer  grandeza de espírito. Assumir um trato conosco mesmo é o mais difícil, porém é o que nos traz serenidade ao longo da vida.

        Dr. House diz sem rodeios a situação de saúde de seus pacientes. Respeita a dor dos mesmos, porém não esconde os fatos. Ele seria uma mescla da racionalidade germânica, com a integridade nórdica, do sarcasmo inglês com a ternura latina.

         Depois de ver tantos pedidos de desculpa, de choros incontroláveis e de perturbadoras bravatas pré-olímpicas, chego a conclusão que nosso perfil como povo está muito mais para Macunaíma que para  Dr.House. Sonhamos com House, mas  preferimos sermos "heróis sem caráter" como o personagem de Mário de Andrade, afinal é mais leve ser assim  e sempre poder pender para um lado ou para outro, como fazem nossos hipócritas políticos. Corremos atrás de gigantes como fez Macunaíma, mas o dever de casa sempre é postergado. Sempre temos uma desculpa para  explicar nossa leniência com a vadiagem. Aplaudimos os ignorantes e chamamos de arrogantes os  que sabem mais nós.

          Como podemos ser House como povo , se elegemos governantes do naipe que aí estão?  Marta "Relaxa e Goza" Suplicy tem grandes chances de gozar da nossa cara mais quatro anos e com apoio da maioria  paulistana. E somos os estado mais desenvolvido das nação. Que vergonha!!!!!

          House é o espectro da inteligência que sobrevoa a ignorância baixa e fedida. Todos queremos ser House, mas isso dá trabalho, uma dose imensa de esforço e comprometimento. House é incorruptível, mesmo que lhe custe o emprego. House é correto, porque sê -lo é uma obrigação e não uma qualidade. Ele não quer confete nos momentos de glória, ele quer sossego, paz........ a paz que todos nós buscamos, que deveria ser nosso objetivo maior, nossa Shangri-la da alma.

            Prefiro um House manco e ácido, que um Diego Hipólito sarado e chorão..........implorando por desculpas. Nosso lado Macunaíma infecciona o tecido social do país e mistura o certo com o vantajoso, o social com privado. Viva House, viva o correto, viva a inteligência.


------------------------fim do experimento-----------------------


           O experimento foi para comprovar uma teoria que já comentei em outros textos: nós latinos, pensamos muito em sexo e um pouco em outras coisas. Se for sexo, com fofoca, aí não tem jeito, é fogo no mato seco.

            Meus textos mais lidos, foram os que se encaixaram de alguma forma nesses temas: fofoca e sexo. Somos "voyeurs virtuais". O mais lido tinha o seguinte título: "QUANTA BUNDA". Imbatível com 538 leituras até agora. Sinto-me um Paulo Coelho!!!!!

           Já comentei isso outras vezes: nós brasileiros  colocamos 2 milhões de pessoas ou mais, na avenida Paulista na Parada Gay. Na passeata contra a corrupção, não mais que 450!!!! Ou seja nosso problema é meramente sexual, e não de educação, de cidadania.

            O título não tem nada a ver com o tema aqui postado, para provar que este texto terá muitos mais leitores que  o anterior: "Precisamos mais de House que Macunaíma", até agora com 35 leituras. Com o título deste, chegarei facilmente ao dobro, se não volte dentro de uma semana e compare os números.  Um bom título vende muitos mais que um excelente conteúdo. Uma pena!!!

            É assim que o governo engana o povo: com excelentes títulos e siglas: PAC's, Pré-Sal, Bolsa isto, Bolsa aquilo......mas conteúdo que é bom..............nada.