esperança

Não conheço meus pais, não os vi quando nasci, sou filho das estrelas nas ruas eu cresci, minha casa é aberta não tem parede, não tem nada,minha cozinha é uma lixeira,minha cama é uma calçada, sou apenas uma criança vivendo neste mundo sem fim,e tenho a esperança de que um dia alguém lembre de mim.

Tenho inveja das crianças que podem brincar e jogar de bola, tenho ciúme das que vão todos os dias para a escola, aprende o alfabeto,a ler e a escrever ,aprendem a falar bonito para que um dia um doutor possa ser. Eu não tenho direito de ir a escola é a vida que me ensina,eu ando pedindo esmolas, e tenho que me esquivar em cada esquina dos perigos que me aparecem a cada hora.

Eu ouvir dizer que tem um dia especial somente para as crianças, mas para mim todos os dias são iguais, sou sempre humilhado pelas crianças dos bairros, porque elas tem de tudo, e eu,nenhum trocado... todas as noite eu rezo para as estrelas, e para minha mãe que não me conheceu, e peço a Deus e Nossa Senhora que lembrem de mim porque o mundo já me esqueceu.

Menino do Sertão
Enviado por Menino do Sertão em 18/09/2008
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