ANJOS DE VIDRO.
Após um dia de emoções as quais reagi com serenidade e abertura de coração, resolvi assistir a um filme quando a madrugada começava. Talvez até por não estar acostumada à serenidade fui em busca de intensidade. Havia escolhido o DVD pelo título e pelo elenco. Não tinha nenhuma referência anterior e dos quatro que trouxe para casa foi o último que vi. Confesso que a primeira sensação foi de inveja. Senti admiração e vontade de ser tão boa como o personagem de Susan Saradon e irresistivelmente sexy como a de Penélope Cruz. Esse sentimento tão humano passou rápido quando me senti envolvida pelo filme meio confuso, porém com desempenhos maravilhosos e mensagem de fé. Anjos são entes íntimos e queridos. Deixei-me levar por eles e pelas maravilhas que fazem nas vidas das pessoas. Com uma visão mais ampla, percebi que os milagres do filme também acontecem nas nossas vidas. Basta que vejamos a vida com os olhos da alma e acreditarmos que os encontros que vivenciamos aqui nos oferecem a oportunidade de aprendermos. É preciso saber reconhecer anjos e eu cada dia me aperfeiçoou um pouquinho nessa avaliação. O filme me lembrou anjos a quem amo e suas missões. Gostei do que vi e de quem vi, pois Anjos de Vidro ainda conta com Robin Williams, em participação especial.
Ao terminar o filme, olhei surpresa para um anjo de vidro ao meu lado e que eu não vinha pretando atenção a ele. Seria um sinal?
Antes de adormecer rezei por meus anjos celestes e terrenos (gente com quem compartilho minha vida).
Rezei principalmente para que os seres celestiais soprassem nos corações dos meus anjos queridos que precisavam de conforto na madrugada. Eu havia sentido esse sopro e em prece pedi para que eles, meus anjos do coração, pudessem sentir como eu já senti o hálito suave dos anjos celestes e compreendessem sua língua.
" Ainda que eu falasse a lingua dos anjos e a dos homens, sem amor n nada seria..." Carta de São Paulo aos Coríntios.
Evelyne Furtado em 06 de outubro de 2008,