MUITO ALÉM DO VEU
Nota de esclarecimento:
Temos em vista usar a palavra véu, para refletir um pouquinho sobre os "bastidores da sociedade" no contexto atual.
Quantas palavras, quanta cor, quanta simbologia...
Era ainda manhã e seguia pela margem da BR – a caminhada costumeira em busca de vencer o sedentarismo – passando ruas, casas, cruzando pessoas, ouvindo pessoas fora do campo visual (em casa ou nas esquinas da vida), automóveis que vem e que vão (às vezes os motoristas nem sabem por que tanta pressa – apenas sabe que devem ir logo, porque todo mundo com quem cruza já está voltando e agora é que estão indo...).
Em muitos a preocupação:
Que país é esse?
Que vida é essa?
Aonde iremos “chegar”?
Etc. etc...
Pensando bem:
Se “o essencial é invisível aos olhos”, porque tanta angústia?
Há centenas de anos antes de CRISTO, escreveu o profeta:
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperanças” (Lamentações 3:21).
Independente de religiosidade – Não estou convidando ninguém (com esta citação) para se tornar dizimista em alguma igreja evangélica.
Quero sim, convidar você que está lendo o texto a refletir sobre o que tem ocupado tua mente???
Passando pelas ruas, alguém explicava que “era um absurdo que policiais ao invés de libertar pessoas seqüestradas, apressavam o sofrimento...
Olha: cada detalhe do que acontece em nossa nação (do Oiapoque ao Chuí) é um reflexo do que se passa no coração das pessoas...
(??? !!! ???)
Não entendeu? Melhor dizendo, ainda não entendeu???
Antes de tornar-me cristão evangélico (um chavão em nosso país ou de “aceitar JESUS” – um chavão nas igrejas evangélicas), eu já refletia sobre o contexto brasileiro e, com certa tristeza, posso afirmar que está semelhante aos dias dos anos setenta: DESANIMADOR.
Naquela época, com o objetivo de tornar a comunicação possível, chamava atenção dos leitores recheando o assunto com anedotas.
Gostaram muito das anedotas, mas as considerações sobre o contexto ficavam pra depois... Quando houvesse tempo.
Assim, assumi definitivamente a opção pelo projeto de vida cristã. É assim que entendo ser possível, tratar as questões sociais: A partir do que sou, como estou, onde estou...
A resposta que muitos dizem não saber onde encontrar está bem (nítida) diante dos olhos:
A sobrevivência em meio à realidade atual (pelo menos em nosso país) tem a ver com o saber andar no país.
Não adianta querer solucionar a crise ética, moral, espiritual, financeira... do Brasil, com a solução aplicada nos EUA, na Europa ou outro país do primeiro mundo ou mesmo do terceiro - Por melhor que seja a fórmula funcionou maravilhosamente bem em outra realidade. Não adianta "tapar o sol com a peneira" achando que o problrema é a falta de uma fórmula...
Você está no Brasil e, como brasileiro, não queira que o nosso país seja parecido com os states ou com a Austrália...
Uma coisa é certa:
É possível “trazer à memória o que te possa dar esperanças” (Lamentações 3:21).
Certa vez, como acontecia com freqüência, Jesus estava diante de um grupo de judeus religiosos (os “santinhos” na época) e, eles criticavam o Senhor porque deixava seus discípulos fazer refeições sem “lavar as mãos” (Mateus 15:1–20).
Eles achavam que a “tradição” orientando o “lavar as mãos” (antes das refeições), era simplesmente um preceito religioso que devia ser obedecido para garantir vida eterna.
O lavar as mãos antes das refeições era uma questão de higiene e não significava que, o comer sem lavar as mãos invalidaria o grau de espiritualidade.
Na ocasião Jesus observou (lembrando o profeta Isaías) afirmou:
“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.
Refletindo sobre o que está no coração do povo em casa, nas ruas, no trabalho, na escola, etc.
É exatamente o que faz parte da conversa entre amigos, dos “discursos” emocionados, dos elogios sinceros (ou não), das promessas sinceras (ou de fachada), etc. etc - quando se presta atenção ao que acontece nas ruas.
O que está na mídia televisiva estará nas ruas quer seja um simples folhetim, um big-brother, etc.
Antes ouvíamos pelas esquinas da vida: "deu no rádio" (?!).
Hoje, ouvimos...
Existem mais coisas por trás do véu do que “supõe a nossa vã filosofia”...