Vida de professor

VIDA DE PROFESSOR

Tonha: antoniazilma@hotmail.com

Vida de professor (a), geralmente é muito complexa. Pra assumir sua identidade, o (a) professor (a) precisa estar sempre se atualizando e policiando a sua postura pedagógica.

O professor comprometido é tão preocupado com a aprendizagem significativa dos alunos, que faz de sua casa, uma extensão do seu trabalho. Muitas vezes, deixa até de dar a atenção devida aos filhos - e ao cônjuge - para corrigir atividades, planejar aulas, fazer pesquisas didáticas, estudar estratégias metodológicas, para dinamizar seu trabalho e envolver os alunos em uma aula atraente e construtiva.

No entanto, ao longo deste processo, tenho observado que a identidade do professor, como também da escola, vem ficando um pouco esquecida. São muitos os fatores que implicam para esta constatação: a falta de convicção da profissão que se quer seguir, por exemplo, é uma delas. Tenho ouvido muitos professores afirmarem que, quando começou a ensinar não gostava e nem queria ser professor (a). Portanto, se já é árdua esta profissão para quem gosta, imagine para quem não gosta!

Entretanto, independente de qualquer coisa, a escola é lugar de ensinar e de aprender.

É na escola que a criança aprende (ou deve aprender) a ver o mundo, construir (ou desconstruir) saberes. Cabe ao professor ser mediador neste processo, procurando contribuir para uma vida descente, sempre atento as suas responsabilidades e disposto a partilhar do diálogo, do trabalho coletivo, da reflexão sobre os seus saberes e fazeres pedagógicos, promovendo assim, a construção (gradativa) da aprendizagem efetiva.

Vale ressaltar que, não tem coisa melhor de que no final de cada dia, após uma jornada de trabalho, encostar a cabeça no travesseiro e dizer no interior da alma: hoje, valeu à pena ter passado todo aquele tempo na sala de aula diante dos meus alunos! E após todo novo amanhecer, acordar feliz, de bem com a vida, agradecendo a Deus por estar vivo (a).

Quando falo em estar vivo (a), me refiro à pessoalidade que às vezes parece está morrendo nas pessoas (de um modo geral). Há certa indiferença nos problemas sociais enfrentados no cotidiano (de saúde, financeiro, por exemplo) que ficam despercebidos, dificultando o olhar e o fazer pedagógico.

Quando trabalhados efetivamente, o desenvolvimento das habilidades se dá de modo significativo.

Diante do que foi explanado, e pela longa experiência de trabalho docente, percebo que, quem primeiro ensina na escola é a criança. Isso mesmo! É ela que chega com seu olhar cheio de encantamento e expectativas. Cabe a nós, aprender como lidar e compreender suas peculiaridades, sua diversidade cultural, sua complexidade no contexto social.

Por fim, devemos compreender que é necessário somar forças, saberes e fazeres, pois educar não é tarefa fácil e nem só do professor: educar também requer a organização do tempo e do espaço no chão dos organismos escolares.

Educar para transformar, significa (segundo Rubens Alves) que o ato de ver não é coisa natural, precisa ser aprendido.

Antonia Zilma
Enviado por Antonia Zilma em 19/10/2008
Reeditado em 14/09/2022
Código do texto: T1236210
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.