Caso Eloá: a culpa é dos pais

Todo mundo deve estar horrorizado com aquela história da guria que foi assassinada pelo namorado (animal?) em Santo André. Provavelmente, teremos mais uma espetacularização de notícias da mídia, o que não é incorreto - pelo contrário... Por trás deste crime, que é, sim, altamente condenável, ninguém parou ainda para analisar de quem é a culpa por acontecimentos desta natureza. Logicamente, este caso isolado trata-se de um maníaco, doente mental ou qualquer outro desses adjetivos que estão usando por aí. A grande questão que deveria ser levantada é a seguinte: "Por que uma guria namora um indivíduo desses?".

A conclusão só pode ser uma se a pessoa souber raciocinar de forma despretenciosa. A culpa é dos pais dela. Como? Simples. Em primeiro lugar, os familiares têm a inteligente mania de obstruir todo o tipo de relacionamento das filhas, dizendo que não pode, que o cara não presta independente de quem seja o mané da hora. O problema é que muitas vezes o mané da hora é um cara bom, trabalhador, honesto e equilibrado. Tá e daí né?

Simples de novo. Como os papais queridos embarreiram todo o tipo de relacionamento, as filhas (os) dão um jeito de não acreditar ou simplesmente não ouvir seus pais, que preferem ser grandes cricris, proibindo tudo. O que é que um adolescente vai fazer nestes casos? Ora, vai enfrentar os pais e ficar com um mané qualquer. E aí, a guria se encanta num desgraçado desta estirpe e acaba com a vida com 14, 15 anos por culpa dos pais que não souberam educar de forma racional. É claro que esta é uma analogia bastante exagerada, mas não há nada de surreal nela. Se pararmos para pensar, isso acontece o tempo todo. A diferença de outros relacionamentos não terem o mesmo fim trágico é que algumas vezes ou os manés não são doidos ou as gurias têm um pouco de miolos em suas cabeças. Porque, claro, se depender dos pais suas filhas vão morrer vrigens, puras e com 90 anos. E na cabeça deles isso vai ser felicidade... Lamentável.