PERMANECEMOS UMAS CRIANÇAS

Algumas décadas passadas, no tempo em que ainda existiam, nos diversos lares espalhados pelo sertão afora, no mínimo, duas figuras importantíssimas: o chefe da casa que garantia o sustento da casa e sua subserviente esposa que havia sido ensinada por sua mãe, a cozinhar, lavar, passar, coser e manter a casa em ordem.

Num período não inferior a sete meses, nascia o bem programado e esperado primogênito, para alegria geral, principalmente, a dos vovós paternos e maternos. Obviamente, o homem passava a condição de pai e sua amada esposa, a de mãe. As crianças eram educadas mais ou menos como sugeria Shoppenhauer: “Ninguém se educa sem pancadas”. Ou seja, em casa se o filho iniciasse sessões de birras e desobediências, o chinelo, cantava solto no bumbum deles. Nas escolas havia palmatórias e disciplina. Nas educações religiosas, havia o tórrido destino para crianças pecadoras, o inferno.

Piqueniques de dia e sorvetes tomados aos domingos à noite, nas praças das cidades, na maior tranqüilidade, sem risco de assaltos, e, onde se podiam ouvir, retretas com excelentes bandinhas.

Século XXI.

Houve uma radical mudança. Como todo mundo já sabe para que lado está soprando o ventos, vamos dar um exemplo conhecido por quase todos.

A maioria dos telespectadores do popular reality show Big Brother Brasil, anualmente, não estranha os comportamentos nesse lar onde ocorrem as filmagens. Lá como nas casas desses ávidos assistentes, a criancice, e alguns casos de transtornos mentais também existem. Mas a maior coincidência é que tanto na tela como no lar dos espectadores da TV, já não existem mais papais e mamães de plantão. Ou estão trabalhando, ou estão num prolongado happy hour. Eis alguns casos selecionados dessas pobres crianças desamparadas.

Caso 1.

Juquinha usou chupeta até os cinco anos de idade. Aos quinze anos sua nova chupeta passou a ser um Malboro.

Caso 2.

Pedrinho, quando estava à sós com a Mariazinha, já queria brincar de médico.

— Mariazinha, tire as calcinhas que o doutor aqui vai dar uma injeçãozinha. Não vai doer nada!

Quando aduto, Pedro X.Z. K.da Silva passou a ser diretor de uma rede de televisão. Quando admitia alguma belíssima atriz e esta vinha até sua sala agradecer a admissão, ele mais que depressa dizia:

— Obrigado, coisa nenhuma. Pode ir abaixando as calcinhas.

Caso 3

Até os doze anos Luizinho fazia xixi na cama. Hoje com 45 anos, chega altas horas da madrugada, super embriagado, e não faz mais xixi na cama. Urina, abundantemente, dentro da geladeira ou no interior do guarda-roupa.

Caso 4.

O polonês Serginho sempre chamou a atenção de todos amigos de seus pais pelo seu comportamento maduro. Vivia estudando. Queria ser um magistrado. Conseguiu. Hoje para descontrair, assumiu sua homossexualidade. A partir das vinte e duas horas pode ser encontrado nas imediações da Carlos Cavalcanti, no centro de Curitiba. Atende, também, pelo celular nº 9999-XXXX. É conhecida como Rosinha. Um belo exemplar de travesti.

Caso 5.

Moreirinha era o tipo do menino barra pesada. Era o terror dos coleguinhas de escola. Hoje, adulto, Moreirinha é leão-de-chácara da Boate Tapete Vermelho.

Caso 6.

Alguns meninos gostavam, mas não tinham a menor queda para o desenho. Picasso, segundo ele próprio, só foi aprender a pintar como criança, depois de velho.

Silvinha, Zezinho, Paulinho eram filhos de mães executivas. Donas de famosos prostíbulos de beira de estrada. Prostitutas da mais alta qualidade. Hoje, já adultos, entraram no campo da política. Passaram a trabalhar da mesma forma que a maioria dos políticos, ou seja: de terça a quinta aguardando algum lobista para “acertos”. Assim, conseguiram imortalizar suas condições de filhos das prostitutas da mais alta qualidade.

Neste último exemplo, fica uma lição bem clara para nós pobres votantes. Não votem nesses filhos de donas de prostíbulos.

24/10/2008 22:24:25

Luiz Celso de Matos
Enviado por Luiz Celso de Matos em 25/10/2008
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