O Azul de seus Olhos

Lá estava eu, olhando o mar. Não Parava de pensar em Amaury. O mar lembrava a cor de seus olhos, ora azuis, ora verde. Uma saudade invadia meu peito.
Tanta coisa deixamos de viver, tantos momentos tristes, de solidão, o que supera isso é apenas a lembrança dos pequenos, mas grandes encontros.
Tu me ensinaste a andar de bicicleta, a dividir por dois números, a nadar. Pouco? Não, foi muito singular. Quando me acordava pela manhã e meu desjejum já estava na mesa. Oh! que Saudade!
Te amei tão pouco e agora que não mais estás aqui, fico me lamentando por uma vida que não foi vivida.
Tu me amavas de um jeito Especial, eu sei. Até o perfume que me davas tinha um toque de amor, e esse era o nome do perfume.
Tua preocupação em me dá o melhor, não, esqueço, mas aí veio a doença maldosa, perversa e te levou tão rapidamente.
Eu fiquei te olhando lá sem vida e vendo que continuavas bonito, cabelos macios, parecia estar dormindo, mas eu sabia que dali a pouco iria ficar sozinho em um lugar frio e escuro.
Tu estás ainda bem forte dentro de mim, posso sentir sua presença, sei o quanto gostava do mar. Acho que essa minha paixão, ou melhor amor, pelo mar só pode ser herança. Pois, olhando para ele, te vejo, te sinto, não páro de pensar em você PAPAI.

Nefertity
Nefertity
Enviado por Nefertity em 26/10/2008
Reeditado em 07/12/2017
Código do texto: T1249712
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