Se eu morresse hoje, não desfrutaria mais do sorriso iluminado de minhas filhas, do amor cálido de minha esposa, da eterna compreensão de minha mãe.

             Se eu morresse hoje, não me deleitaria mais com o perfume de um café  despejado no bule, da terra recém molhada pela chuva ou do som das ondas quebrando na praia.

            Se eu morresse hoje, perderia a chance de ouvir uma vez mais  Freddy Mercury interpretando Somebody to Love,  Neil Peart e suas baquetas mágicas ou o hino do Timão.

            Se eu morresse hoje, não ensinaria aos meus futuros netos como fazer uma pipa, um carrinho de rolemã ou rodar um peão.

           Se eu morresse hoje, certamente pediria mais desculpas do que perdão.

mas também.......

          Se eu morresse hoje, não pagaria mais Imposto de renda, estacionamento de shopping ou IPVA. Nem pensar em cartão de crédito ou conta de celular.

          Se eu morresse hoje, não teria mais que votar por obrigação, tirar atestado de bons antecedentes ou me vacinar contra a febre amarela. 

          Se eu morresse hoje, não poderia chutar o traseiro de parlamentar vira-casaca,  jogar ovos em políticos corruptos e mostrar um cartaz dizendo: "Marta, relaxa, que nóis  goza."

          Se eu morresse hoje, tomaria o maior porre da minha vida, beijaria o maior número de mulheres e jogaria o carro no muro só para ver se o Air Bag funciona.
      
         Se eu morresse hoje, finalmente teria entendido, que as coisas mais gostosas e interessantes da vida são as mais simples, as mais singelas, enfim as inesquecíveis.