Visitas .

Os pardais, sempre acompanhados, flanam nos jardins rasteiros, frontais as janelas, de tardezinha. Tenho muito gosto ao ouvi-los chegar, sutilmente, sem chamar a atenção de quem não quer saber de sua chegada.

Pegam um inseto aqui, outro acolá, pulam mais um pouco e olham ao redor, devoram mais outro... estão em casa.

Há uma outra espécie que gosta dos mesmos jardins, esses de frente para as janelas. Predominantemente em marrom, são mais exibidos; chegam soltando "gritos" entusiasmados e bem fortes para seu pequenino porte. Gosto das visitas deles também.

Esta tarde me visitaram as duas espécies; Os pardais e, vou chama-los assim, os marronzinhos. Mas a visita mais agradável do dia (ou da noite) foi minha, sem querer; Explico:

Depois da intimidade estabelecida entre Antares e eu, sempre a procuro para dizer um "oi"; Toda noite que as cortinas macias das nuvens permitem esse encontro prazeroso entre nós. Desta vez, em minha costumeira contemplação ao laranja vivo da estrela mãe de escorpião, notei algo diferente no espaço - um "ponto de luz" - passou entre nós. Segui esse ponto que, obviamente, não estava dentro do perímetro de navegação humana, até onde meus olhos puderam ver.E então... sumiu no infinito. Simplesmente sumiu, sem deixar rastros. Foi embora.

Algumas horas mais tarde esse privilégio oculto fez saudades...

Não sei exatamente o porquê ou razão... senti vontade de ver os passáros no jardim, outra vez.

Douglas Oliveira
Enviado por Douglas Oliveira em 30/10/2008
Código do texto: T1255701
Classificação de conteúdo: seguro