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O DIA DE ONTEM!

 

Um dia atípico foi o de ontem. Levantei-me às cinco horas da manhã, uma ducha rápida, os pertences pessoais previamente organizados em uma valise de mão, caminhei até a estação do Metrô República e desembarquei no Terminal Rodoviário Tietê – o maior da América Latina. Grande novidade – tudo em São Paulo é “ão” – devido à imensa massa populacional desta cidade.

 

Dirigi-me ao balcão de passagens comprei duas – ida e volta – para o mesmo dia. Destino – Campinas – uma quase metrópole a 110 quilômetros da Capital. Motivo desta viagem de um dia? Visita a minha amiga querida – irmã de coração – “Flor Enigmática” que me aguardava com a mesma ansiedade que me assolava.

 

Após uma hora e meia de viagem, gostosa, tranqüila, desci no Terminal Rodoviário, tomei um ônibus – com as orientações do balcão de informações do próprio terminal – e cheguei à residência de minha amiga.

 

Nenhuma novidade. Ela e eu já nos comunicávamos há pelo menos quatro anos pela Internet – esse monstro sagrado das comunicações – e, quando nos vimos, ao vivo e em cores, pela primeira vez, o abraço foi longo e emocionado, mas foi como se já nos conhecêssemos há muito tempo e tivéssemos nos separado, apenas.

 

Engraçado isso! Nossos sentimentos nos traem, ás vezes! O papo foi animado, minha permanência lá era curta – um dia – mas procuramos aproveitar ao máximo as horas. Por volta de onze horas chegou Crys – uma graça de pessoa, divertida, jovial, carinhosa. Os cuidados que ela dispensa á Flor são os de uma filha. Mais do que isso, talvez. Mesmo as filhas, não têm oportunidade de fazer tanto por suas mães. Ou não querem, sei lá, cada um com sua vida, remando seu barco.

 

Conversamos, rimos, falamos mal da vida alheia (pula essa parte), escrevemos um poema a seis mãos – está publicado na Escrivaninha de Flor Enigmática – nos divertimos, como três crianças que brincam, despreocupadas, sem grilos, sem dores, sem falar de coisas tristes.

 

De volta para casa, a viagem teria sido gostosa – apesar da saudade que eu já sentia – não fossem as quatro horas de viagem. Mas como assim? Não percorri a mesma distância da ida? É, mas naquele horário não contava com o trânsito caótico da cidade, em plena Marginal Tietê. Uma hora e meia de Campinas até os arredores de Sampa, e outras duas e meia para atravessar o dilúvio de carros até que desembarcasse,  no Terminal Rodoviário Tietê, tomasse o Metrô de volta e, finalmente, chegasse em casa!

 

Valeu, Flor e Crys, cada segundo dessa aventura vivida ontem. Valeu ter conhecido duas adoráveis criaturas, ter participado de suas vidas por um dia apenas. Valeu cada abraço, cada olhar de carinho. Valeram as palavras de afeto, as fotos,  o riso, as  brincadeiras, as confidências trocadas entre nós três.

 

- Vale até essa saudade que sinto agora do dia de ontem!

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