POLÍTICA DA BOA VIZINHANÇA

Sempre ouvi falar na política da boa vizinhança. Desde criança recebia a recomendação: Muita amizade e pouca intimidade. Isso é necessário para preservar os amigos, evitar intrigas, ser respeitado e estimado. “Engolir sapo” também faz parte desse contexto. Fazer tudo para não explodir, ser indelicado, falar por falar, criticar sem retorno isso só faz mal a você e a quem você está ofendendo

O que é mesmo “política da boa vizinhança”? A política da boa vizinhança não é necessariamente abrir mão de nossos direitos, mas significa um dialogo equilibrado, respeitoso, onde o consenso prevaleça, sem machucar, diminuir ou privilegiar um ou outro. Há quem confunda tratar bem, com subserviência tendo um comportamento repugnante adulador e bajulador. Isso também não é mérito e nem merece aplausos.

“Engolir sapo”, não significa se diminuir, ser trouxa, deixar que os outros se prevaleçam do caráter tímido e retraído de alguém. As pessoas espertas e inteligentes engolem talvez muito mais sapos do que os acanhados e discretos porque isso é uma estratégia para bem viver. A história que você precisa desabafar, dizer, falar para não adoecer isso não justifica certos comportamentos inadequados, o equilíbrio emocional faz parte de boa educação e se você não os tem, procure adquiri-lo para o seu próprio bem e para sua saúde. Perder amigos é adquirir doenças a longo prazo, porque você perde um hoje outro amanhã e acabará ficando sozinho. A solidão é doença da alma que nenhum dinheiro de poupança, de RDB, CDB, servirá para lhe fazer sarar

“Criticar sem retorno”, significa você dizer as coisas na hora errada e para a pessoa errada. Se você está bem intencionado, se sua critica é construtiva você deve falar em bom tom diretamente para quem você acha que errou, sugerindo solução de como fazer, porque fazer e como fazer. Criticar na ausência não leva a lugar nenhum e só causa mexericos.

É claro para fazer valer tudo isso não é fácil. É preciso postura dos dois lados para uma conversa equilibrada. É necessário um processo para adquirir esses hábitos e costumes tão necessários na vida atual, onde o homem está tão carente de amor e de afeto.

Dizem que se conselho fosse coisa muito boa não se dava, se vendia. Portanto não estou aqui querendo dar e nem vender meu pensamento. Estou deixando posto, para fazer uso dele quem achar conveniente.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 24/11/2008
Reeditado em 09/05/2020
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