Se este mundo não muda, mudo eu.

Estamos todos exauridos com as manchetes diárias, na telinha,nos jornais, nas rádios, cheeeeeega. Assassinatos de adolescentes, crianças, chacinas, sequestros relâmpagos, tudo feito da maneira mais fria e sórdida. Repugnante. E não há como não pensar que a pena de morte talvez fosse a maneira mais eficiente de deter tanta estupidez e atrocidade, de gente tão vil, que faz o que faz por motivos fúteis e absurdos, e acabam com uma família, com sonhos,com todo um plano de vida. Será então que cadeira elétrica, injeção letal, freariam os impulsos destes delinqüentes? Chego a pensar que não. Você já reparou como não existe bandido velho? Que bandido não se aposenta? Não sobrevive para contar suas "aventuras" a seus filhos ou netos? O tipo de vida que estes marginais levam, exclui qualquer apego à vida, seja a nossa ou a deles.

Tiros? São música para seus ouvidos. Não fazem planos para o futuro. Não há futuro. O futuro deles é o próximo assalto. Se eles tivessem medo de morrer, não ousariam entrar nas casas de cidadãos sem saber o que lá encontrarão; se uma família dormindo serenamente, ou o dono da casa bem acordado e armado. Qualquer bandido sabe que o risco está no ato da transgressão. O flagrante delito é a verdadeira pena de morte.A morte para eles pode estar na próxima esquina. Profissão de bandido já vem com prazo de validade vencido. Bandido está se lixando para o dia de amanhã. A morte não assusta quem dela vive. Enganamos a nós mesmos quando em um ímpeto de raiva e sede de justiça, defendemos a pena de morte, como instrumento de inibição da violência. Uma vingança coletiva, é assim que eu vejo, àqueles que desgraçam a vida de tantas pessoas, de tantas famílias. Solução ou paliativo? A punição da violência deve ser coletiva sim. Tem de interessar a toda sociedade e não somente às suas vítimas diretas.

Segurança, educação, policiamento nas ruas, melhor distribuição de renda, combate firme e efetivo ao tráfico de drogas, leis mais justas, e tantas outras coisas que poderiam amenizar e minimizar o caos em que transformou-se a realidade brasileira. Clamemos pois por justiça e paz. A hora é esta.

Mariles da Costa Boschi
Enviado por Mariles da Costa Boschi em 29/03/2006
Código do texto: T130744