Ruas e desespero

As ruas são quase sempre sinônimo de multidão. Hoje eu encontrei uma diferente das demais. Estreita, ela me fazia andar próximo às suas paredes e meio fio. Caso viesse um veículo, por pouco mais de um palmo não me atropelaria. Não há saída nessa rua.

Minha cabeça é essa viela.

Todos nós temos ruas interiores, umas são cheias de comércios e vendedores de badulaques, outras são como ruas de interior, tranquilas ...mas vez ou outra aparece um desatino.

Minha rua interior estava vazia hoje pela manhã. Caminhei sozinha por seu calçamento e encontrei folhas secas, elas me fizeram companhia.

Há tempos procuro a solidão, mas quando ela vem é desesperador. Tenho medo sa solidão, asssim como as demais pessoas. Somos animais sociais, como a abelha, o cupim...o que seria da abelha operária sem a abelha rainha? Para quem ela construiria seus túneis melosos?

Tenho medo de não alcaçar a felicidade esperada pela sociedade!

Meu destino, sempre pensei, era romper os paradigmas aceitos pelas pessoas; vejo que me tornei uma delas. Sou uma pessoa!

Minha rua, espero, continuará vazia por muito tempo. Meu desepero,por vezes, é acalentador.

Meu refúgio é minha rua. Minha companhia, meu desespero.

lilcandi bisser
Enviado por lilcandi bisser em 03/12/2008
Código do texto: T1316220
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