O Grande Torneio

Luizinho estava exausto aquele dia, pois tinha acabado de participar de um treino de basquete e no outro dia seria o grande dia: O dia do torneio.

Naquele dia tinha visto seus grandes amigos: Clóvis, Marquinhos e André. Eles sempre viviam juntos, pois desde pequenos estudaram no mesmo colégio.

Estava muito nervoso, pois sabia que qualquer falta de atenção lhe custaria muitas lágrimas noturnas.

O torneio seria na cidade vizinha, então sairia uma excursão da escola com todos os alunos.

Da classe do Luizinho, além de Marquinho e André, iria também as garotas que não perdem uma, a Michele, a Patrícia e a Lara, mais conhecida como Sem-Perninhas. Este apelido foi colocado logo quando chegou na escola. Ela era tão alta, tão alta, mas tão alta, que era mais alta que o professor de artes cênicas, que media 1.88m.

Luizinho foi dormir na casa de Marquinhos, poir ficava em frente à escola, e o ônibus iria sair muito cedo no outro dia. Arrumou a mala; pente, escova, pasta de dentes, gel (pois seu cabelo era tão impecável que era meio pote de gel a cada penteada), camisa e bermuda do time, chuteira, desodorante, perfume e o principal, seu pijama azul de estrelinhas amarelas.

Saiu de casa em direção a casa do amigo. Pegou o ônibus na esquina de casa. Sentou-se no banco da frente e não reparou que era reservado para idosos. De repente chegou uma senhorinha, q parecia que tinha tomado banho de bacon, e sentou-se bem ao lado de Luizinho. Ele não sabia mais o que fazer. Mexeu e remexeu-se no banco, mas o problema do cheiro naum era nele. Então teve que aguentar até chegar o ponto onde teria de descer.

Desceu do ônibus e começou a andar em direção a casa do amigo. Sua mochila tava tão pesada que a casa do Marquinhos nunca foi tão longe. Parecia que a cada passo que ele dava, mais a casa se distanciava.

Finalmente chegou na casa do Marquinhos. Tocou a campainha e logo veio ele abrir o portão. Entrou, e as primeiras palavras dirigidas ao colega foi: Onde posso por minha mala? Que foi posta no andar de cima, onde estava os quartos, entre eles o de Marquinhos.

Embaixo ficava a sala de estar e de jantar, a cozinha , o sanitário social. A escada ficava na sala de jantar. Em cima ficava o quarto de dona Laura e Sêo Jucelino, e o de Gabriela, irmãzinha de Marquinhos, o de Marquinhos e o sanitário.

No quarto de Marquinhos tinha um computador, um rádio com mais de 150 cd´s, uma bicama e uma estante com a coleção completa dos bonecos da Forte Apache.

Luizinho ficou encantado quando viu o quarto do amigo. Nunca vira um quarto de moleque tão bem organizado em sua vida.

Se arrumaram para dormir. Marquinhos com seu pijama combinando com a decoração do seu quarto: Verde e branco (ele é Palmeirense) e Luizinho com seu pijama de estrelinhas.

Luizinho rolou na cama muitas vezes até pegar no sono, pois estava muito nervoso com a partida do dia seguinte. Dormiu.

No outro dia, acordou assustado com o barulho do despertador, pois, ao invés de fazer aquele barulho tradicional, que todos estamos acostumados a ouvir, ele berrava estericamente, e nos seus berros, dizia: "Levanta bicho preguiçoso, tá na hora!".

Estava um dia muito chuvoso. Um tempo que, se dependesse de Luizinho, irira dormir o dia inteiro. Levanou e foi ao banheiro. A casa estava muito silenciosa, pois todos ainda estavam dormindo, menos ele e Marquinhos.

Se arrumaram e foram tomar café, pois doan Lauda já tinha preparado as coisas para os meninos. chegando lá, Luizinho espantou-se ao ver a mesa o café da manhã, pois mais parecia um almoço do que um café da manhã. Na mesa posta tinha melancia, pêra, melão, abacaxi. geléia de morango, manga, pêssego ao leite condensado, pão integral, danone, requeijão, manteiga, iorgute, e uma coisa lá que Luizinho nem sabia o nome. Sucos de tudo quanto é esoécie de fruta. Até suco de tomate tinha naquela mesa.

Luizinho provou quase de tudo (pois tudo era impossível). Dona Laura preparou uns sanduíches para os garotos levarem para depois do jogo, comerem.

Saíram de casa todo encapados, com parade chuva por cima dos uniformes e da mochila. Parecima duas tartarugas indo em direção à escola.Na porta da escola já estavam todos muito entusiasmado com o jogo. O coração de Luizinho batia mais forte que nunca, Marquinhos e André parecima estar tão nervosos quanto Luizinho. Mas ele estava com seua lábios tremendo de nervoso.

O ônibus chegou. Cada um acomodou-se com seu colega. Lara com Michele, Patrícia com Janaína, André com Bruno, Renato com Julinho. Luizinho sentou-se com Marquinhos, que já tinham combinado desde o dia anterior.

Os garotos não viram nem o restante do pessoal que entrou no ônibus, muito menos o motorista dando partida. O ônibus partiu.

A estrada estava muito cheia de neblina, e estava chovendo muito. Portanto eles demoraram mais de três horas e meia para chegarem até o estádio.

Logo que o ônibus cehgou, os meninos depertaram. A galera estava toda animada, todos prontos para descer e assistir ao espetáculo. Luizinho e Marquinhos ainda estavam com a capa de chuva. Bocejaram e começaram a se arrumar para ir ao jogo. O coração de Luizinho batia forte, mais forte que antes. Ele já estava muito nervoso e estava quase desistindo de jogar. Foi com muito custo para o vestiário. Chegando lá, todos os garotos já estava prontos. Ele se arrumou depressa e foram juntos para o meio do campo. Quando ele olhou para a arquibancada, estava lotada de estudantes. Professores que ele nunca tinha visto na vida. As suas pernas começaram a tremer. Ficou pálido e não saía palavra alguma da sua boca. Havia estudantes e jogadores do outro colégio que competia com eles o troféu. Ao lado direito da arquibancada, havia uma enorme faixa vermelha com listras brancas (cor do uniforme) e no centro dela, o nome de todos os jogadores em preto.

Luizinho sentiu-se mais aliviado ao ver que seu nome era o primeiro gravado na bandeira. Mas ao mesmo tempo sentiu um peso enorme posto em suas costas, pois viu que seus colegas confiavam nele.

Luizinho era muito bonito. Branco, alto de olhos azuis e seu impecável cabelo preto arrepiado. Até as garotas do outro colégio começou a torcer para o time adversário, de tão bonito que era o garoto. Marquinhos era muito bonito também. Moreno, cabelo liso e preto, e seus fascinantes olhos verdes.

O jogo começara. o locutor desta vez fora o Bruno. Estava uma disputa logo no começo do jogo.

-Seis a cinco! Valei Poerih! - este foi o frito que bBruno deu ao olhar o placar e constatar que sua escola estava ganhando.

-Oito a seis! AEEEE. Nós somos os melhores! Vocês não são de nada! já ganhamos! Rendam-se!

Os professores se divertiam com o locutor, mas davam muitas broncas por ofender a moral jogadores adversários. A torcida do colégio vibrava a cada passo dos jogadores. Luizinho conseguiu fazer três pontos para o colégio. Não via a hora em que acabasse o jogo. Ele estava exausto. Seu nervoso transformara-se em cansaço e ele á delirava em pensar nos sanduíches que deixara no ônibus.

A arquibancada balançava quando Luizinho tocava na bola.

Chegou ao fim do jogo. Dez pontos para Poerih. E nove para o time adversário. Luizinho estava com a camisa ensopada de tanto que correu e também por conta da chuva que dominava o céu.

Foi direto para o vestiário. Tomou seu banho, penteou seu belo cabelo e, ao sair de lá, a galera quase o derrubou de tanto que o abraçava e agradecia pela vitória.

Ao chegar no ônibus, o sol já havia aparecido e a chuva e a neblina se dicipou. Todos que passavam pelo banco de Marquinhos e Luizinho, os prestigiavam. Os professores entraram no ônibus com um enorme sorriso, o professor de Educação Fisica chegou no garoto e lhe entregou um embrulho dizendo:

-Vocês merecem! Obrigado por participar do Jogo! Valeu!

Eles ficaram curiosos mas não queriam abrir na frente dos colegas. Guardaram na mochila para que, mais tarde, quando o pessoal não estivesse mais com a atenção centrada neles, eles pudessem compartilhar o presente entre si.

Sem-Preninhas e sua torcida organizada entraram no ônibus fazendo a maior algazarra. Todos ficaram muito contentes com o jogo. O pessoal se acalmou. Todos se sentaram nos seu devidos lugares. Luizinho e Marquinhos pegaram os sanduíches e começaram a comer. O suco já havia esquentado pro causa do sol inesperado que aparecera. Mas a fome era tanta que nem isso eles notaram.

Quando estava no meio da viagem, Luizinho lembrara que guardara o presente na mochila. Pegou e entregou o do colega. Começaram a desembrulhar com o maior cuidado e para não fazer muito barulho. Quando eles abriram, se espantaram ao ver e, na mesma hora colocaram. Era uma camiseta desenhada com a caricatura deles e nas costas seu nome bem grande com o dizer em baixo: "Melhor jogador de basquete!"

Emocionou-se ao ver isto.

O ônibus chegou na escola. Todos desceram. Luizinho rumou-se para casa do amigo. Chegando lá, os pais deles estavam os esperando para um big de um jantar.

Todos os elogiaram, pois sabiam que o jogo tinha sido uma vitória e tanto. eles contaram todos os detalhes do jogo e se deliciaram com o jantar que dona Laura tinha preparado.

Luizinho juntou todas suas coisas, colocou na mala e foi embora com os pais.

Chegando em casa, ele já estava meio fora de si. Olhou para a cama e disse: "Boa noite Luizinho", e dormiu.