Políticos: adorados e safados!

Eu adoro políticos! Pode até parecer brincadeira, mas eu adoro esses caras que andam por aí pomposos decidindo o destino do dinheiro dos nossos impostos. Não tem como não gostar deles, durante a campanha eleitoral alguns deles até me fizeram promessas em troca de ajuda, fiz trabalhos para alguns candidatos e até briguei com outros. Até fui chamado a depor na Justiça, mas não tinha como provar as coisas que vi acontecer... Ah, claro, as brigas foram por causa do estresse dos apavorados que pensavam que não poderiam mais aparecer de terno na mídia dizendo que fizeram um projeto importante nomeando uma rua qualquer com o nome de alguém desconhecido.

O mais curioso nestes adorados e detestados representantes do povo é a forma como alguns (não, leitor, nem todos são farinha do mesmo saco) mudam depois de eleitos. Tem o político deslumbrado, aquele que não era ninguém para a mídia e que de repente adora aparecer no jornal participando do encontro para arrecadar verbas para qualquer coisa. É bom aproveitar este momento, até porque depois que começa o trabalho, chega uma hora que eles vão querer distância dos flashes.

Um dos tipos mais recorrentes de políticos são os donos da razão. Esses são um verdadeiro sarro, são aqueles tipos que as pessoas respeitam na frente, mas por trás falam mal e até fazem piadinhas. Isso justamente porque eles não sabem ouvir os outros, o que é lamentável para a democracia, diga-se de passagem. Os políticos donos da razão acabam fazendo muita bobagem porque na verdade sabem muito menos do que pensam saber. É bom o (e)leitor saber que muitos políticos têm um pouco de donos da razão, é natural pelo cargo que eles percam um pouco da humildade (o Froyd pode explicar isso!).

Desde que comecei a trabalhar no jornal e mais ligado aos políticos, fiz amizades profissionais e colecionei alguns inimigos - o que de início me deixou preocupado. Mas um amigo me disse que é bom isso de colecionar alguns inimigos. A experiência adquirida com o JP me fez aprender que existem os políticos maleáveis (Maria vai com as outras). Eles são divertidíssimos porque não possuem opiniões sobre nada, aí tu pode ensinar eles a tentar fazer as coisas certo, embora saiba-se que jamais farão as coisas direito. O maleável é assim. Se você disser a ele que merda é um bom combustível ele vai para o jornal anunciar: "minha cidade vai ser a capital da merda. Vou desenvolver a merda com muito estudo e trabalho, ficarei conhecido como o prefeito (pode ser vereador, presidente, governador, deputado) que transformou a cidade numa grande merda". Engraçado, não? Pena que acontece coisa desse tipo na política!