VERDADEIROS HERÓIS

Havia num pequeno vilarejo, milhares de homens trabalhando como escravos.

Trabalhavam para um patrão cruel e sagaz, sem direito a folgas ou qualquer descanso.

Em seus semblantes estavam estampadas as marcas do cansaço, da tristeza e muita dor.

E uma marca muito maior: a humilhação.

Aqueles escravos, que mal tinham o que comer , esperavam o grande dia em que seriam libertos.

Pelo menos entre si eles alimentavam esta esperança.

Em trabalhos forçados davam o seu sangue e todo o seu suor, para se manterem vivos.

Os pais, com a tarefa de sustentar suas famílias, esforçavam-se o máximo que podiam.

Muitos morreram naquele vilarejo, na tentativa de sobreviver e honrarem os seus nomes, defendendo o "pão" de cada dia.

Outros adoeceram e foram esquecidos, não receberam nenhuma ajuda da parte daquele patrão cruel.

Os trabalhadores acreditavam que dias melhores viriam, dias estes que, para eles trariam paz e refrigério.

Vivendo verdadeiramente um pesadelo, desejavam sempre acordar num lugar seguro, longe da opressão e do medo.

Muitos anos se passaram e os jovens, outrora robustos, já estavam velhinhos e muito fracos para o serviço braçal.

Mas em seu peito guardavam a esperança, a perseverança e a fé!

Aqueles homens eram valentes, verdadeiros soldados!

Verdadeiros heróis, porém, sem reconhecimento algum.

© JUNIOR OMNI – 2008

JUNIOR OMNI
Enviado por JUNIOR OMNI em 17/12/2008
Reeditado em 17/12/2008
Código do texto: T1340358
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