VER E... VENCER!

O nosso horizonte visual se apresenta tal e qual, a um círculo que se fecha, além, da nossa observação de momento.

Na visão do horizonte, distante do nosso ponto de observação, os expectadores detalhistas e, conseqüentes, daqueles que extraem, deduzindo dos meandros, as suas causas e efeitos mirados, Eles, não se prendem, tão somente, no além circular, detectando os itinerários das suas observações, desde a mira dos seus olhares até o final distante.

Esses detalhistas não precisam ter a didática dos professores nem dos aprendizes, bastando, apenas, usarem a maturidade adquirida pelos caminhos da vida e, empregá-la na observação próxima e/ou, distante!

Quando o nosso olhar vê o horizonte distante, é preciso ter um ponto de base que nos permita a visada além, pois, presos num quarto, o nosso único foco são as paredes, portas, piso e teto.

Embora eu seja um empírico, que me baseio na maturidade conseguida, sem ser um emérito expectador, ouso, a seguir, apresentar alguns detalhes das minhas observações do além visado, a saber:

Da janela da minha casa, na Rua Lava-Pés, em Diamantina-MG, quando mais jovem, via, ao longe, o Pico do Itambé, majestoso e perene, a “dividir” as nuvens ao seu redor. Essa visão sempre me acompanhou pela vida a fora, todavia, hoje, quase 50 anos depois, tendo aprendido, sozinho, a analisar tudo o que observo, cheguei às seguintes conclusões:

—O ponto inicial da nossa visada tem que estar focado distante, com o seu ápice, elevado ou, não!

—Abaixando a minha posição inicial, ou seja: Saindo daquela janela e, mirando da Rua embaixo, poderei ver o pico referido, porém, no meu nível de foco inicial, ocorrerão muitos empecilhos frontais, a saber:

-Paredes, pélagos até os leitos dos rios da Prata e da Palha, arvoredos diversos e frondosos, chácaras e cabanas, bem como, o povoado de Extração, quase nas fraldas do Itambé.

-Se me deslocar ultrapassando esses locais, o Pico do Itambé não será visto.

Tais observações me levaram às seguintes conclusões empíricas:

—A Liberdade pode me tornar um homem livre, porém, não independente ou, com regalias totais, bastando uma mera parede, abismos, casas e arvoredos, para me dificultar à caminhada visual ou, outra qualquer, na minha modesta vida itinerante.

—Nem sempre quem está em cima ou acima, pode mais do que o que está embaixo, não fora isso, quando, Ele, está embaixo, poderia ver o penedo pretendido.

—Todos nós, devemos nos esmerar em ter um ponto de visada, iniciando o percurso pretendido, o valorizando ao máximo! Para, só então, partir para o alvo almejado, porém, sem derrubar “paredes”, soterrar os “abismos” ou, destruir “construções e “arvoredos”, pois, esses entraves são, exatamente, o que valorizam a nossa caminhada pela vida em direção da nossa meta pretendida!

Se você não pode alcançar o que deseja, suba ou desça, até... Vencer! Mas, sem atropelos a ninguém sem usar de artimanhas e artifícios escusos, esses, se utilizados, só poderão se agregar a você, como uma “pedra de tropeço” quando, mesmo vencendo, terá, consigo, um inimigo ferrenho e, querendo suplantá-lo a qualquer custo!

Vejam Vençam e, se Dignifiquem! Todavia, pelos seus próprios méritos! Assim atuando, será um Vencedor, sem vencidos e/ou... Inimigos!

Sebastião Antônio BARACHO

conanbaracho@uol.com.br

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