OLHANDO ESTRELAS

Quando se fala sobre “olhar estrelas” a mente nos faz pensar sobre romantismo.

Especialmente aquela fase da vida quando alguém se habitua

a sonhar de olhos abertos,

passar muito tempo no “mundo da lua”,

passear de mãos dadas,

olhar dentro dos olhos (da cara-metade) sem ser oftalmologista, etc. etc.

Estamos condicionados a viver olhando estrelas.

Quando criança, no Sertão Central nordestino,

durante as noites de verão,

gostava de olhar o brilho das estrelas;

e, mesmo em noites chuvosas,

teimava em descobrir alguma estrela no céu escuro.

Inclusive hoje, sempre que estou em um grande centro urbano

tenho a mania de buscar alguma estrela visível.

A nação brasileira, com sua exagerada exclusão social

– poucos detém a fortuna, enquanto muitos amargam a miséria – impõe os menos favorecidos ao costume de “ver estrelas”,

sempre que não sabe o que fazer para

viver,

sobreviver ou

manter-se na qualidade de vida inferior.

É um absurdo pouquíssimos esbanjando status em seus carrões, enquanto a multidão está cansada de andar a pé,

por falta de um trocado pra pagar a passagem do coletivo.

Existe ainda o caso de quem vive olhando as estrelas

do cinema, do rádio e TV,

sem falar que em tempos de natal e passagem de ano

fica em evidência a "estrela da festa",

conforme sua exposição na mídia e sociedade de modo geral.

Pra não se resumir às teorias,

o que poderíamos pensar, falar ou fazer, de forma prática,

a partir de analisar a vida “olhando estrelas”?

É possível pensar, por exemplo, que as estrelas

(na abóbada celeste),

possuem luz própria refletindo seu brilho

sobre incontáveis astros (sem luz própria)

para que o céu fique lindo durante as noites.

Nós humanos não temos luz própria,

mas temos a responsabilidade de refletir a luz do SENHOR

para que a vida comum seja melhor.

Está escrito:

“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens,

Para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem

A vosso PAI que está nos céus” (Mateus 5:16).

A sociedade contemporânea reclama que existe

muita violência, insegurança, desemprego, enfermidade, etc. etc.

sem considerar que somos responsáveis pela qualidade de vida

no planeta.

Cada problema que nos atormenta tem sua origem

no coração do homem;

a partir do momento que deixamos as orientações do CRIADOR

– que nos conhece e sabe o que é melhor pra nós;

e decidimos ter “liberdade pra fazer o que quiser.

Por exemplo:

Muito se fala de paz, amor, fraternidade;

sem considerar que se faz essencial colocá-los em prática,

com cada pessoa, diariamente,

em casa, nas ruas, no trabalho...

Muito se fala que JESUS nasceu, há dois mil anos,

sem considerar que é essencial

deixá-LO nascer em nossos corações

e, conservá-LO bem vivo, cada novo dia,

ao longo do ano novo.

Assim poderemos pensar, falar e viver

a verdadeira paz, alegria, amizade, amor, justiça...

Com cada pessoa, em todo tempo e lugar.

Diferente disso, seremos como “o bronze que soa

ou como o címbalo que retine”,

“nada seremos” ou

“nada nos aproveitará” (1 Coríntios 13:1–3).

Viveremos sempre OLHANDO ESTRELAS,

atordoados,

pelas esquinas na vida...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 24/12/2008
Reeditado em 27/12/2008
Código do texto: T1351221
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