FÉRIAS – ALMEJADOS DIAS FORA DA ROTINA

O termo “férias” tem sua origem no latim (feria – feriae) e significa “dia festivo”. E, realmente, podemos transformá-las em dias de regozijo para o corpo e para a alma. Tudo dependerá da forma como as desfrutarmos.

Não podemos negar que somos todos aficionados pelas férias. Qual é o mortal, em sã consciência, que não espera ansiosamente por este período? Isto acontece porque aproveitamos estes dias para nos refazermos do cansaço acumulado, por meses seguidos de trabalho e ou estudos, que nos ocasiona desgaste físico, mental e espiritual.

Além de descansarmos, também costumamos utilizar as férias para “reestreitarmos” os laços de nossos relacionamentos: darmos mais atenção aos familiares, aos amigos e, inclusive, a Deus.

Sem pressa e espontaneamente, até como forma de nos exercitarmos, fazemos aquela arrumação geral nos armários, nas estantes e “damos destino” às coisas desnecessárias que acumulamos durante o ano. Rasgamos “papéis vencidos” – receita infalível para eliminar os últimos resquícios de estresse - e, assim, pomos em ordem os nossos mundos interior e exterior e podemos nos considerar preparados para o próximo recomeço.

Temos ainda outras opções de atividades sadias tais como: ler bons livros, ouvir nossas músicas preferidas, tocar um instrumento musical, simplesmente relaxar, dormir bastante, viajar, contemplar o nascer e o pôr-do-sol - sem nos preocuparmos em cumprir horários e compromissos. Enfim, se bem administradas, as férias renovarão a nossa disposição para retornarmos às atividades escolares e ou profissionais bem mais motivados e produtivos.

Infelizmente, nem todos compreendem a finalidade das férias e há os que saem pelo mundo em busca de aventuras, entretenimentos arriscados e desgastantes, abusam dos alimentos e das bebidas e, quando retornam à sua rotina, estão mais indispostos e desmotivados do que antes.

No nosso país, o direito às férias foi conquistado após um número considerável de greves dos operários no início do século XX. Naquela ocasião, os trabalhadores lutavam por melhores condições de trabalho, salários mais justos e garantias trabalhistas – sendo este período de descanso uma delas. Eles lograram êxito na sua luta e a legislação trabalhista brasileira estabeleceu um período de descanso consecutivo de, no mínimo, trinta dias nos quais o trabalhador não pode ser privado das férias – nem por vontade própria. Ele é, então, obrigado a cumprir, pelo menos, um terço deste período mínimo. No papel, é claro.

Portanto, resta-nos aproveitar, da melhor forma, estes dias que foram conseguidos com muita luta e que, para ter direito a eles, temos que esperar por onze meses. São trinta dias preciosos que não devem ser desperdiçados. Afinal, as conseqüências do seu bom ou mau emprego serão refletidas em nós mesmos.

Aproveito a oportunidade para desejar ótimas férias para todos os meus leitores e espero contar com a sua companhia, neste espaço, durante o ano inteiro e, inclusive, nas férias!


Obs. Imagem da internet


Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 04/01/2009
Reeditado em 05/12/2011
Código do texto: T1366849
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