A FABRICA DE MEL
Era a reunião mensal dos conselheiros da fábrica de mel. A abelha rainha, e presidenta da empresa após ouvir e ver as apresentações com os gráficos e prognósticos de vendas e crescimento, começou a falar dos seus planos e de suas metas para a empresa. O aumento da venda para exportação, uma alta nos preços dos produtos, o locais de venda, sobre tudo ela planejou e falou, e a cada um dos tópicos via apenas a cabeça de seus onze conselheiros se mexerem num movimento de cima para baixo concordando com tudo. Ela ainda pensou numa segunda oportunidade, e ao finalizar sua fala, abriu a palavra. Nada. Apenas silêncio. Tudo estava aprovado. Nada a reclamar, ou a melhorar. Então ela encerrou a reunião, e foi despedir-se de cada um na porta da sala. Para cada um que saía, entregava uma folha de papel. Aviso Prévio dizia o documento. Um por um foram demitidos do conselho da empresa. “De que me adianta conselheiros que não opinam, ou que sequer discordam. Se neste grupo de onze todos concordam com a mesma coisa, no mínimo dez são desnecessários.” Disse ela olhando para secretária e partindo para sala da presidência.