A FRAGMENTAÇÃO DA ALMA
A sociedade pós–moderna (pós–superficial) adota a fragmentação em muitos aspectos da vida cotidiana formal ou informal; como se isso fosse uma solução.
A designação se esconde no discurso (atraente), segundo o qual, quando o profissional ou segmento se especializa numa determinada área, terá melhores condições de oferecer um serviço ou produto de melhor qualidade.
Atualmente, a fragmentação está presente tanto nas coisas palpáveis, quanto nas relacionadas ao lado abstrato da existência.
É notório que após os primeiros momentos, a idéia está tomando o rumo inverso; sendo usada como desculpa para que se fracione coisas como a saúde, o caráter,os bons costumes, etc.
Quem viveu há mais de trinta anos lembra o médico da família, a bodega, a miçanga, etc. Hoje, estamos sujeitos, quando o assunto é medicina e saúde, a ouvir algumas coisas do tipo:
– “Queira desculpar, mas o Dr. Fulano é especialista em unha das mãos e o seu problema é nas unhas dos pés”.
– “Queira desculpar, mas a nossa empresa só trabalha com tintas na cor verde. A cor azul é com outra empresa".
No presente século, após tantos avanços, especialmente na área do conhecimento, quebra de tabus, etc. seria esperado que o ser humano tivesse superado as barreiras existentes em algumas áreas da existência: pobreza, miséria, analfabetismo, habitação, crises de identidade, estresses, solidão, sentimentos de inferioridade...
Contudo, algumas coisas como desigualdade e injustiça social, abismo entre ricos e pobres, preconceitos, estresse, depressão, fobias e outras doenças psicossomáticas, levam a crer que até mesmo sua alma encontra-se fragmentada sendo essencial o cultivo da espiritualidade saudável que não tem nada a ver coma religiosidade do toma-lá-dá-cá, despachos, santidade de araque, etc.
Vamos relacionar alguns cacoetes religiosos no presente momento:
Sal grosso, água do Rio Jordão, canonização, despachos, etc.
Os "sábios", gurus ou profetas do materialismo na sociedade pós-superficial, andam pregando o fim da religião,como solução para os cacoetes. Contudo, a História Universal tem comprovado que, a religiosidade é inerente ao ser humano independente de época e lugar.
A solução será a restauração da alma e o desenvolvimento da religiosidade saudável.