SUPER-HERÓIS (?!)

“Desde minino bem piquinininho lá no Sertão Central”, leio e assisto sobre super–heróis. Sempre levando vantagem, colocando ordem no galinheiro, protegendo o planeta, etc.

Entre os anos cinqüenta e oitenta, aconteceu a nível mundial, muita expectativa em relação à suposta possibilidade de um intercâmbio com civilizações mais desenvolvidas que a nossa.

Antes vivíamos a era dos contos de fadas (nos livros), ou dos mocinhos e bandidos (no cinema), com a célebre frase “... e foram felizes para sempre”, no primeiro caso e, “The end”, no segundo.

Citando quem parodiou Lavoisier, “aqui nada se cria, tudo se copia”; estamos curiosos pra saber qual o modismo a ser adotado agora, quando somos constantemente bombardeados com informações sobre a “crise financeira nos EUA” e o “caos iminente do planeta”.

Sim! Qual será a próxima cena, uma vez que ao longo da odisséia humana na terra, “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.

Ainda hoje é possível lembrar de um herói na TV que, em meio a graves problemas, chegava empunhando a espada, afirmando em alto e bom som: “Eu tenho a força!”.

Enquanto os grandes industriais levaram vantagem através da tecnologia de ponta incrementando seus produtos, a população de modo geral, perdeu o poder de compra, ficou menos preparada pelas escolas de plantão e com menor capacidade racional, porque continua ligadinha em telenovela.

Até o final dos anos oitenta, havia três horários num canal de TV; hoje existem vários canais de TV com suas telenovelas, tele-historias, etc.

A nação brasileira tem sido o berço de anti–heróis com escândalos, falcatruas, etc. dos Palácios de Brasília aos casebres dos rincões nordestinos.

Certamente os heróis na TV, quadrinhos nas revistas, ou tela nos cinemas, levou nossa pobre sociedade a síndrome anti-herói.

Afinal, existia super–heróis a granel e escassez de bandidos ou gente portadora de mau caráter.

Não seria esse o momento de uma síndrome de bom caráter, onde sem heroísmo de fachada ou anti-heroísmo real; possamos mostrar ao mundo uma abundante safra de homens e mulheres, crianças, moços e adultos com disposição na medida certa pra construirmos uma geração com os pés no chão e a mente voltada pra um futuro melhor???