O NEÓFITO E, A... FAMA!
A Fama é, às vezes, usurpadora das verdadeiras capacidades, em razão Dela ser a resultante, muitas das vezes, de obras e matérias lhes apresentadas, todavia, quando há o julgamento das suas validades, os seus juízes saem dos meandros dos feitos e eventos, à serem especificados como excelentes e, aproveitáveis para o conhecimento e, aceitação do público, se estribando na personalidade do seu autor!
Se o autor for famoso e reconhecido pelo público, dão à sua obra o valor de excelente, mas, se for um neófito e, principalmente, um empírico, projetam o seu trabalho para o rés-do-chão e/ou, para os escaninhos dos imprestáveis e, do... Esquecimento!
Essa forma de difundir a Fama de alguém tem sepultado, no desconhecimento, muitos Escritores e Poetas, que não tenham um apadrinhamento eficaz para os projetarem, com isso e, por isso, quem, na verdade, perde são os seus pretendidos leitores!
As Editoras só publicam livros se o autor pagar, em parceria, mas, e, se Ele não tiver o “maravilhoso” metal? Na certa, os seus livros só terão e Ele como leitor!
Por volta do ano de 2.000, CRIEI 19 volumosos Livros de: Poesias/ Suspense policial/ Ficção estelar e Textos diversificados, TODOS INÉDITOS! Por não poder pagar parcerias pedidas pelas editoras e, ás mensalidades e/ou, anuidades exigidas por vários Sites que visitei e que alegavam querer me ajudar, mas, cobrando pela cooperação!
Também tenho mais de 300 poesias e, uns 2000 textos diversos, todos Eles em minhas prateleiras e, nos arquivos do meu computador e Internet.
Decepcionado! Porém, não... Desiludido! Não mais procuro às publicações da minha obra e, coloquei a maioria dos meus Livros, gratuitamente, em álbuns no Site www.asminasgerais.com.br e, muitos textos e poesias em vários Sites, dentre Eles: www.usinadeletras.com.br / www.recantodasletras.net e, muitos outros.
Tenho saído da maioria dos Sites que me cobram para inundá-los de Textos e Poemas, sem retorno.
Doravante, só estarei criando o meu trabalho e, o mandando, de graça, para quem o solicitar pela internet.
NOTA: Sei, sobejamente, que as Editoras e a maioria dos Sites, precisam ser pagos para sobreviverem, mas, serem pagos por quem não tem dinheiro é o cúmulo do... Impossível!
Por favor, entendam o meu LAMENTO e, se possível, lêem, pelo menos, alguns dos meus trabalhos nos Sites, aos quais, me referi e/ou, colocando no GOOGLE o meu nome entre aspas: “Sebastião Antônio Baracho”.
Eis um dos meus poemas que define o sofrimento dos neófitos escritores:
LAMENTOS D’ALMA
Às vezes fico a cismar
Com os olhos mareantes,
Pesquiso o éter a sonhar
Em lamentos constantes.
Procuro a felicidade
Nas dobras do infinito.
Perco-me na eternidade
Sem ecos do meu grito.
Ando em passos vacilantes
Pelas ondas da existência,
Quais embriagados errantes
Em patamares da incoerência.
Perambulo no sopé da fortuna
Igual estrume nutrindo a flor,
A miséria, a mim importuna,
Pela carência de rico pendor.
Navego na orla da vida
Em escaramuças da sorte:
Minha fé é dolorida...
Só terei valor na morte!
Vagueia minha’alma sofrida
Entre os meandros da paixão
Com a fronte sempre erguida
Alimentada pelo coração.
Lamúria de minha alma ferida
Na injustiça da espoliação
Na longa estrada da vida
Em nichos de escuridão.
Reclama o espírito a dor
Da visão da fortuna plena
Na surdez do ameno amor
Sem regalia da fé serena.
Reclama, ferida, minha alma,
Com a injusta discriminação
Nas veredas frias e calmas
Dos contornos da ilusão.
Lamenta minha triste alma
Entre as quimeras da vida,
Na onda do mar sem calma
Em oceanos sem guarida!
Soluça minha’ alma triste
Neste planeta de ilusões,
Frágil flor que existe
Pendente de mil perdões.
Em minha’ alma corre morna
A esperança da felicidade.
No mundo sou uma bigorna
A mercê da vil crueldade.
Com as lágrimas fluindo
Vejo as estrelas perenes
Quais diamantes sorrindo
Em almofadas solenes.
Sou um viandante solitário
Nas sendas do esquecimento,
Cuspido! Vou pra o calvário
Escarrado?... A todo o momento!
Na partilha dos benefícios
Fico nas margens soterrado,
A mim, sobram malefícios...
Vis restolhos dos Bens doados!
No limiar do pensamento
Outras vidas vislumbrei:
Esfarrapadas, sem alento,
Idênticas a mim, sem... Lei!
Sebastião Antônio Baracho.
conanbaracho@uol.com.br
Fone: (31) 3846-6195